O imposto brasileiro para bikes é de 40,5 % em média, enquanto que os tributos no preço final dos carros soma 32%. O dado consta em um estudo elaborado pela Tendências Consultoria para a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike).
A taxa do tributo federal é de 3,5% para carros populares, contra 10% para as bicicletas produzidas fora da Zona Franca de Manaus. Os números são tão absurdos que tornam o Brasil um dos países que vende as bikes mais caras do mundo. Uma bicicleta de aro 26 e 21 marchas pode ser até 54% mais cara no Brasil do que nos Estados Unidos, de acordo com o Globo.
O estudo afirma ainda que a bike nacional sai da fábrica com o preço elevado em 80,3% por causa dos impostos. Se ela for produzida em Manaus (que é o caso de 21% das bikes no Brasil), esse número pode ser menor, já que a região apresenta impostos menores.
De acordo com a Associação de Ciclistas Urbanos da Cidade de São Paulo (Ciclocidade), há dados que mostram que 50% das bikes no Brasil são destinadas ao transporte e 30% dos ciclistas no Brasil possuem renda de até R$ 600,00. Para tais pessoas, o custo da compra e manutenção da bicicleta é um grande empecilho.
Esse fato desmotiva muitos que querem comprar bicicletas para o ciclismo como esporte e até mesmo para ser meio de transporte nas grandes cidades. Em entrevista ao Globo, a economista Carla Rossi, da Tendências, afirma que o mercado das bikes chegará a 5,9 milhões em 2018, mas esse número poderia ser bem maior, cerca de 9,3 milhões, caso o preço fosse justo. Com informações do Globo.
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