Ao que parece, a Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), o Metrô e a CPTM entenderam, pelo menos dessa vez, que não se administra uma cidade dentro de um gabinete, sem a participação direta dos cidadãos.
Depois de intensos protestos nas redes sociais, críticas na imprensa alternativa e a confirmação de mais de 2 mil pessoas em uma manifestação a ser realizada no sábado, a STM voltou atrás ontem (2/10) na sua decisão de interditar, por dois anos, um trecho de quatro quilômetros da ciclovia do Rio Pinheiros para a construção do monotrilho.
A crítica feita pelos ciclistas não se dirigia às obras em si, mas à ausência total de alternativas oferecida pelo Metrô à interdição. Sem uma rota alternativa ao trecho fechado, milhares de ciclistas que utilizam a ciclovia semanalmente em seus deslocamentos serão prejudicados.
Além da suspensão da interdição - que estava prevista para começar na próxima segunda-feira (7/10), o metrô convocou uma reunião com ciclistas, a fim de pensar alternativas viáveis para o impasse.
O protesto marcado para sábado mudou de figura. Em vez de vigília, será uma grande pedalada pela ciclovia do Rio Pinheiros no domingo, 6/10, com concentração às 14hs na estação Vila Olímpia e saída às 15h. Confira detalhes na página do evento.
Saia justa
Depois que a CPTM, em sua página oficial no Facebook, afirmou a um usuário que a ciclovia do Rio Pinheiros era estritamente para lazer, outra enxurrada de críticas na imprensa alternativa obrigou o próprio secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a se retratar pessoalmente, o que ele fez em um telefonema à jornalista e ciclista Renata Falzoni, do site Bike é Legal, onde a principal crítica foi publicada.
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