A União Europeia (UE), através da Comissão Europeia e responsável pelos Transportes, assinou hoje (30) um acordo de subvenção no valor de 4 milhões de euros (aproximadamente 12 milhões de reais), para desenvolvimento de ações de políticas públicas dentro do projeto "Civitas Capital", com duração de três anos. O responsável pela administração desses recursos é um consórcio formado por 14 institutos de pesquisa, associações e empresas de consultoria.
Segundo Siim Kallas, vice-presidente dessa Comissão, "esta subvenção ao Civitas, um dos mais importantes programas europeus nesta área, mostra o empenho da UE em promover a mobilidade urbana sustentável nos diversos países da organização. Temos de continuar a desenvolver a dimensão urbana da nossa política de transportes. Para esse fim, a Comissão irá apresentar, até ao final do ano, um pacote completo de medidas no domínio da mobilidade urbana", declarou ainda.
"Civitas Capital"
Com os recursos da UE, o projeto "Civitas Capital", criado em 2002, irá: reunir conhecimentos de grupos de áreas específicas, e elaborar guias de boas práticas; emitir recomendações sobre futuras prioridades em termos de pesquisa e desenvolvimento, para que a Comissão as integre a seu programa de pesquisa para 2014-2020; promover capacitação profissional para a mobilidade urbana – cerca de 500 profissionais receberão formação ou serão colocados; gerir um fundo de atividade de cerca de 500 mil euros para apoiar a ampliação das ações de mobilidade a outras cidades; criar cinco novas redes nacionais e regionais de difusão de conhecimentos e prosseguir a gestão das cinco redes atualmente existentes; desenvolver um banco de dados no site da Civitas, disponibilizando ali todo o material produzido para o projeto.
Em 2009, a Comissão adotou o Plano de Ação para a Mobilidade Urbana, que incluía 20 ações a realizar até 2012 e cujos resultados neste momento estão sendo avaliados. Em 2011, a Comissão publicou o Livro Branco sobre os Transportes, que estabelece dois objetivos em matéria de mobilidade urbana: 1) suprimir progressivamente a utilização de veículos de motorização convencional nas zonas urbanas até 2050; e 2) assegurar uma logística urbana essencialmente isenta de CO2 nos grandes centros urbanos até 2030.
Leia também:
Saiba quais são as dez cidades do mundo líderes em sustentabilidade urbana
Mobilidade urbana vira assunto das montadoras