A mudança foi tão bem recebida que algumas cidades possuem engarrafamento de bicicletas (!). “Ao trocar o carro pela bicicleta, além de melhorar o meio ambiente e economizar com manutenção e combustível, é possível melhorar a qualidade de vida pela prática diária de exercícios. Sem esquecer que com a bicicleta, o usuário não precisa encarar um engarrafamento. A sustentabilidade ambiental é algo que todos nós devíamos exercer diariamente” – analisa Gelma Reis, proprietário e diretor técnico da empresa Ética Ambiental.
Acompanhe na nossa listas as 10 cidades onde as bicicletas são as rainhas da ruas.
New York: O CitiBank lançou em Nova York um sistema de compartilhamento de bicicletas chamado CitiBike, correntistas ou não, as bicicletas estão lá para ser usadas. São cerca de 330 estações em Manhatan e no Brooklyn onde as bikes poderão ser alugadas. O projeto funciona desde 2011 e o banco é o principal patrocinador.
Paris: Desde 2007, os parisienses conseguem alugar bicicletas Velib. A cidade tem mais de 20 mil bicicletas em 1800 estações. É o maior sistema de compartilhamento de bikes em todo o mundo e é promovido pela Câmara Municipal de Paris com parceria do grupo JC Decaux da França. Especialistas dizem que as parcerias público-privadas é a melhor receita para o sucesso do compartilhamento de bicicletas.
Londres: A London Cycle Hire começou a funcionar em 2010 e o programa, que foi apelidado de Boris Bikes por causa da bicicleta do prefeito, marcou a iniciativa para reduzir o congestionamento do tráfego e levou a cidade para um futuro mais verde e claro, mais magro. Londres tem 6.000 bicicletas em 400 estações, incluindo uma estação no Museu Britânico e no Palácio de Buckingham. Príncipe William e a duquesa Catherine são entusiastas do ciclismo na cidade.
Montreal: Apesar de Montreal ter muito mais semanas de neve do que outras cidades do norte, ela se tornou uma espécie de Meca para os entusiastas do compartilhamento de bikes. O programa chamado Bixi, adicionou novas estações no ano passado e chegou a marca de 400 estações com 5.000 bicicletas. O projeto foi iniciado em 2009 e o nome surgiu da combinação entre “bicicleta” e “taxi”.
Amsterdam: A cidade holandesa é a mais entusiasta do mundo no uso de bicicletas, simplesmente há mais bikes do que pessoas, inclusive com engarrafamentos. Há uma passagem especial no Rijksmuseum que estava fechada para obras durante 10 anos. Aberta recentemente, esta passagem permite que os ciclistas passem entre ela para chegar ao outro lado da cidade. Durante anos, arquitetos e diretores se opuseram a entrada de bicicletas no local, inclusive, o governo local colocou seguranças para garantir que eles não passassem pelo lugar. Mas os ciclistas continuaram firmes e passaram.
Chattanooga: Uma pequena cidade do Sul dos Estados Unidos que em termos de investimento no sistema de compartilhamento de bicicletas se equipara as grandes cidades. Chattanooga, no Tennessee, possui 300 bicicletas em 30 estações.
Palo Alto: A primeira coisa que se nota ao chegar na Universidade de Stanford , nos EUA, é o fluxo constante de ciclistas. São 20 mil estudantes e cerca de 15.000 bicicletas. Inclusive, até existe uma Coordenação própria para bicicletas.
San Francisco: Com 12 mil membros, a San Francisco Bicyle Coaltion é a maior organização da Defesa de Bicicletas no país. Através dos esforços deste grupo, a cidade dobrou o número de ciclovias e os defensores estão pressionando por uma rede interligada de bicicletas conectadas ao redor de San Francisco.
Portland: Localizada no estado de Oregon, EUA, ela pode não ser Paris ou Amsterdã, mas também possui muitos entusiastas da bicicleta. Há bicicletas para alugar, para vender e uma enorme diversidade de passeios de bike. Até mesmo a polícia usa as bikes para lidar com os manifestantes.
Boston: Durante anos, os moradores de Boston (EUA) tem abdicado de comprar um carro e preferido caminhar ou pegar o metrô. Agora, alguns estão começando a andar de bicicleta. O Hubway, sistema de partilha de bicicletas de Boston, tem 100 estações e 1.000 bicicletas. As assinaturas são divididas em anuais, mensais e inclusive, por hora. As estações estão surgindo na periferia também.
Este texto foi publicado originalmente no site The City Fix Brasil.
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