O termo, tradução do inglês walkability, embora ainda não conste nos dicionários de português, já foi adotado em ampla escala por aqueles que trabalham, escrevem sobre ou que de alguma forma estão envolvidos com a mobilidade urbana. Trata-se, em suma, da facilidade e da disposição que as pessoas têm ou teriam para caminhar em determinado local. E é esse fator que a ferramenta desenvolvida pela Maponics se propõe a medir.
Para fazer essa conta, são analisadas, principalmente, a proximidade e a acessibilidade da área. Em um primeiro momento, a caminhabilidade é medida de acordo com a proximidade de opções de lazer, como parques, calçadões, museus e outras formas de atividades sociais e culturais, e das chamadas “amenidades”: centros comerciais, lojas, restaurantes, bancas de jornal. Depois de fazer esse mapeamento, a empresa simula as diferentes alternativas de caminho para verificar como os pedestres podem chegar até o lugar que desejam.
A ideia é que a ferramenta da Maponics seja aproveitada para estudos imobiliários, por exemplo, que podem definir a percepção que empresas e pessoas têm da caminhabilidade de um dado bairro e, assim, estabelecer os preços dos imóveis de acordo com a vontade de morar ou se estabelecer ali.
Walkscore
Outra ferramenta que calcula se o design urbano de um bairro é bom ou não para as caminhadas é o Walkscore. O site analisa os pontos mais próximos, os interesses das pessoas e a rede de transportes de forma simples e fácil de usar. A medida de caminhabilidade vai de 0 a 100, e, diferente da ferramenta da Maponics, o Walkscore pode ser acessado e utilizado por qualquer um.
(Fonte: Catraca Livre). Este texto foi publicado originalmente no site The City Fix Brasil.
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