Os protestos do "Dia Nacional de Manifestação e Luta", protagonizados por centrais sindicais de todo o país, deixaram a manhã desta sexta-feira (30) ainda mais complicada que o normal para motoristas e usuários de transporte público. Em todo o país, ao menos sete capitais tiveram o serviço de transporte público interrompido pelos protestos: Belo Horizonte, Fortaleza, Palmas, Porto Alegre, Salvador, São Luís e Vitória.
São Paulo
Em São Paulo, os manifestantes interditaram as rodovias Anchieta e Bandeirantes. No interior paulista, metalúrgicos de 14 fábricas em São José dos Campos, Jacareí e Caçapava não foram trabalhar. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os funcionários paralisaram a produção nas fábricas da General Motors, Friulli, Wireflex, Enifer, Pirâmide, MS Ambrogio, Usimoren e Forming Tubing (em São José dos Campos); Parker Hannifin, Emerson, Volex e Wirex Cable (em Jacareí); 3C e Blue Tech (em Caçapava).
A centrais sindicais reivindicam do governo o cumprimento da pauta trabalhista, que inclui itens como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho semanal para 40 horas, além do fim do Projeto de Lei (PL) 4330, que amplia a terceirização. Trabalhadores ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Conlutas, CTB, Nova Central e CGTB estão entre os que confirmaram participação nas mobilizações.
Na capital de SP, apesar da ameaça dos sindicatos, os serviços de ônibus, metrô e trens metropolitanos circularam normalmente nesta manhã - mas foram muito prejudicados pela lentidão do trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou pouco antes das 9h quatro pontos de manifestação na cidade. A Marginal do Pinheiros tinha uma das faixas ocupada no sentido Interlagos. Na Tietê, os manifestantes bloqueavam o trânsito nos dois sentidos na Ponte das Bandeiras. A Avenida Guarapiranga, no sentido centro, teve duas faixas ocupadas.
Entrada da USP bloqueada
A Rua Alvarenga também foi interditada. No caso, por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) que bloquearam a entrada principal de acesso à Cidade Universitária. Os jovens protestam contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e pedem eleições diretas para reitor da universidade.
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