As obras do Metrô de Salvador já completaram 10 anos e nunca transportou um passageiro sequer. Depois de muita novela e muito dinheiro jogado fora, o governo baiano decidiu fazer uma PPP para que o consórcio vencedor termine as obras da linha 1 e construa a linha 2.
Uma única empresa, a Companhia de Participações em Concessões (CPC) apresentou proposta, e foi habilitada, na licitação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, realizada, nesta segunda-feira (20), na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo.
A CCR é a mesma que já opera a linha 4, do Metrô de São Paulo.
O edital na modalidade de PPP, lançado em maio pelo governo baiano, prevê um investimento de R$ 3,680 bilhões na complementação da Linha 1 até Pirajá e a implantação da Linha 2- Bonocô até Lauro de Freitas, além da operação de todo o sistema por um período de 30 anos.
O governo federal deverá entrar com R$ 1,283 bilhões na PPP, o governo da Bahia com R$ 1 bilhão, ficando a empresa vencedora responsável por bancar a diferença.
Após a conclusão do metrô e a sua entrada em operação, o estado ainda fará, nos 30 anos de concessão, um aporte financeiro anual de R$ 143 milhões, destinado basicamente a três coisas: garantir a taxa de 8% de retorno sobre o investimento privado, remunerar a operação do sistema (energia, manutenção, etc) e subsidiar o valor da tarifa a ser cobrado dos usuários do metrô.
Consta no edital que o passageiro que tomar o metrô diretamente nas estações pagará um tíquete de R$ 3,10. Já quem utilizar o bilhete integrado (um ou mais ônibus até a estação metroviária) vai pagar mais, R$ 3,90.
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