“Nossa previsão otimista é iniciar no segundo semestre do ano que vem”, disse o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos.
O projeto depende da assinatura do contrato com o Banco Mundial no valor de aproximadamente R$ 500 milhões para a execução de quatro empreendimentos na área de mobilidade na cidade, entre os quais o equipamento de transporte via cabo em áreas montanhosas. “As negociações para essa verba já estão bem adiantadas. Possivelmente, até meados do ano que vem o financiamento já esteja assinado”, declarou o titular da Pasta.
Segundo Campos, a expectativa é que os teleféricos estejam em funcionamento no segundo semestre de 2015, quando está prevista a finalização de três corredores de ônibus na cidade. “É interessante estar pronto junto. Por exemplo, a estação final do corredor Leste/Oeste, na Rua Tiradentes, vai ter estação de teleférico também, porque lá estaremos no meio de dois morros”, argumentou Campos. Os outros pontos previstos para ter o sistema de bondinho é na Avenida Dom Pedro de Alcântara, bairro Montanhão, e na Estrada do Montanhão, Parque Selecta.
O novo modal de transporte será integrado com o sistema municipal de ônibus. “Sem integração com os corredores de ônibus perde eficiência, porque o munícipe teria que descer dele e pegar outro tipo de transporte. Por isso, planejamos terminar o projeto junto com os corredores”, explicou o secretário.
A estimativa é que o sistema receba investimento de aproximadamente R$ 220 milhões. “Como ainda está no projeto básico, temos somente uma previsão. Pode haver mudança nesse valor quando tivermos o projeto executivo nas mãos”, ponderou Campos.
De acordo com o secretário, o modelo de teleférico usado em São Bernardo será semelhante ao existente na Venezuela. “A gente acha que é o que mais se aproxima com o que queremos fazer aqui. É um sistema que faz integração dentro dos morros, com várias estações, e não leva apenas passageiros até o pé do morro.”
Campos disse que a previsão é de que o modal tenha uma linha de seis a sete quilômetros, com um ponto de acesso aos passageiros a cada quilômetro. Nos locais mais baixos serão feitas as estações. A estimativa é de que 12 pequenos terminais sejam feitos. Os bondinhos circularão em velocidade média de 25 km/h. “As obras mais significativas para o teleférico são as estações. Então, será mais rápido para fazer do que os corredores de ônibus, que necessitam de intervenções nas ruas. O teleférico já vem fabricado e pré-montando.”
Transporte por barco interligará bairros às margens da Billings
O recurso de aproximadamente R$ 500 milhões do Banco Mundial também prevê a implementação de sistema de transporte de passageiros hidroviário, pelas águas da Represa Billings. De acordo com o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos, o modal, que também terá integração com os ônibus municipais, está previsto para entrar em operação até o fim do ano que vem.
“Os pontos de embarque são fáceis de fazer, mas é preciso das licenças ambientais. O barco é comprado pronto, é só colocar para funcionar.” Já estão predefinidos quatro pontos de acesso ao sistema de embarcação: Riacho Grande, Santa Cruz e Tatetos e outro próximo à Estrada dos Alvarenga.
Ainda não há previsão de custos. A verba pleiteada junto ao Banco Mundial também prevê a construção de duas pontes: uma no Riacho Grande, que substituirá a balsa João Basso, e outra ligando o bairro Taboão ao Rudge Ramos.
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