Brasil terá primeiro trem de levitação magnética em 2014

Feito em uma via elevada, sem a necessidade de escavação de túneis, tem custo menor que o metrô

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Fonte: Agência Brasil  |  Autor: Alana Gandra  |  Postado em: 19 de julho de 2013

As obras da nova via foram iniciadas em abril de 2

Protótipo do veículo em testes no Laboratório da UFRJ

créditos: Lasup / Divulgação
 
A primeira linha de trem de levitação magnética (maglev) no Brasil deve iniciar suas operações no Rio de Janeiro ainda em 2014, informou o professor Richard Stephan, coordenador do Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup), da UFRJ.
 
As obras da nova via foram iniciadas em abril de 2013 a partir de um projeto desenvolvido pelo Lasup, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), no valor de R$ 5,8 milhões e R$ 4,7 milhões, respectivamente, além de apoio da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
 
O professor Richard Stephan explica que o maglev “vai ser um veículo para transporte urbano de curto tempo de implantação e de custo menor que o metrô”. Stephan indicou que as obras de um metrô subterrâneo, principalmente se for construído em lugar arenoso, como é o caso da Linha 4 do metrô do Rio, são demoradas e devem ficar prontas só para as Olimpíadas de 2016.
 
O trem de levitação magnética é feito em uma via elevada, sem a necessidade de escavação de túneis, o que torna a obra mais rápida. Stephan ressaltou que esta é uma tendência do transporte urbano para ganhar agilidade. Lembrou que, em São Paulo, está sendo construído o monorail, “que também é uma via elevada, para ser mais rápido”.
 
 
Na vertente de tecnologia de levitação de alta velocidade, os alemães e os japoneses estão na dianteira. Apesar disso, o coordenador do Lasup informou que só tem um projeto implantado comercialmente na China, que comprou tecnologia alemã. Já na vertente para transporte urbano, existem projetos avançados na China, no Japão, na Coreia, nos Estados Unidos e no Brasil. “Há uma demanda maior porque tem mais necessidade. O transporte urbano é mais premente que o interurbano”, disse. Em termos comerciais, porém, só há uma linha implantada no Japão, mas que usa uma técnica de levitação diferente da brasileira.
 
Considerando a tecnologia proposta pela Coppe para o trem de levitação magnética, que usa supercondutores o Brasil está no topo do ranking mundial, assegurou Richard Stephan. Em termos de experiência na operação de um veículo de levitação para transporte urbano, os japoneses estão na liderança, embora usem outra técnica.
 
“Eu acho a nossa técnica mais vantajosa sob uma série de aspectos. A técnica que nós estamos usando é inovadora, tem algumas vantagens que a outra não tem”. A principal vantagem, para o coordenador do Lasup, é a estabilidade do sistema. “É uma técnica de levitação que, naturalmente, é estável”. As técnicas de levitação adotadas pelo Japão, pela Coreia e China, por exemplo, exigem um esquema sofisticado de controle para manter o sistema estável. “Esta é uma diferença enorme, em termos de segurança também da operação. A possibilidade de falha é bem menor”, disse.
 
 
Protótipo do veículo

O protótipo que está sendo desenvolvido pela Coppe tem capacidade de transporte de 30 pessoas. Stephan declarou que, em geral, o novo trem de levitação terá área útil para transporte de 6 metros quadrados, sendo cinco passageiros por metro quadrado. O transporte de mais pessoas vai depender da dimensão do veículo. Destacou, entretanto, que a proporção por metro quadrado se mantém. “Eu posso incluir mais vagões, aumentar a área e transportar mais gente”, conclui o professor.
 
O Maglev-Cobra não consumirá combustível fóssil. “Ele não é movido a combustão. É todo elétrico”. Mesmo comparado a um trem elétrico, o professor indicou que o consumo deve ser menor porque no trem de levitação não existe o problema de atrito da roda com o trilho. “É um veículo que não tem contato mecânico. Isto diminui o consumo de energia. É um consumo menor de energia, comparado com um veículo elétrico também”, ressaltou.
 
Os módulos do trem de levitação magnética estão sendo construídos na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, pela empresa Holos. A Coppe informou, por meio da assessoria de imprensa, que as obras de infraestrutura do trem de levitação magnética chegam a ser 70% mais econômicas do que as obras de um metrô subterrâneo, cujo custo atinge em torno de R$ 100 milhões por quilômetro. Os pesquisadores estimam que o trem de levitação poderá ser implantado por cerca de R$ 33 milhões por quilômetro.



A  força dos imãs

Trens de levitação magnética são veículos que transitam numa linha elevada e são propulsionados pelas forças atrativas e repulsivas do magnetismo por meio de supercondutores. De fato, eles "levitam" alguns milímetros acima dos trilhos, eliminando-se o atrito entre rodas e trilhos, permitindo altas velocidades com relativo baixo consumo de energia e pouco ruído. Há projetos para linhas de maglev que chegariam a velocidade de até 3.200 km/h, utlizando túneis despressurizados em toda a extensão dos trilho.
 

 

 
 

 
 


 



Comentários

Adelino oliveira - 26 de Julho de 2013 às 12:27 Positivo 3 Negativo 0

esta na hora de pensar em um projeto deste porte para as cidades que e limítrofe ao Rio de janeiro, exemplo duque de caxias, mage, Guapimirim, Itaboraí, são Gonçalo,nova iguaçu isto poderia projetar esta via expressa e aérea através da beira do mar,

Erealdo Fagundes Couto - 21 de Julho de 2013 às 19:10 Positivo 3 Negativo 0

Estou na torcida para novas tecnologias invadam o país, como o transporte urbano tão carente e deficiente.  Outro é a volta das ferrovias com trens mais modernos entre cidades, podendo ser de baixa e média velocidade, com isso daríamos mais empregos

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