O governo cubano quer promover a utilização da bicicleta como forma de resolver os problemas dos transportes públicos. O anúncio foi feito nesta semana pelo vice-presidente de Cuba, Marino Murillo.
As bicicletas começaram a aparecer em massa nas ruas de Cuba em 1990, particularmente em Havana, e tornaram-se um meio de transporte alternativo para lidar com a crise dos transportes provocada pela redução drástica no fornecimento de energia por parte da União Soviética, segundo a agência EFE.
Em 1991, 30 mil pessoas utilizavam a bicicleta em seus deslocamentos na capital cubana, número que foi aumentando gradualmente. Em 1999 mais de 700 mil habitantes de Havana já andavam de bike.
Segundo Murillo, uma forma de promover o ciclismo seria oferecer descontos na compra de peças de reposição para bicicletas. A medida foi anunciada no âmbito da apresentação de um plano para reestruturar os transportes públicos em Havana, uma setor que, na visão de Murillo, se caracteriza há vários anos por ser “instável, insuficiente e com fraca qualidade”.
O vice-presidente informou que muitos passageiros andam de transporte sem pagar bilhete ou então utilizam um bilhete cedido por funcionários das empresas de transporte, o que tem contribuído para que o sistema se torne insustentável. Ele anunciou medidas para melhorar o transporte público, tais como um novo sistema de pagamento para funcionários e um sistema de incentivos, como bónus, isenções fiscais e subsídios, a fim de evitar o aumento do preço dos bilhetes.