Veículo Leve sobre Pneu pode ser alternativa para Manaus

O transporte coletivo de Manaus, alvo de manifestações, deve passar por reformulações e mudanças

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Fonte: Em Tempo  |  Autor: Isabelle Valois  |  Postado em: 01 de julho de 2013

O sistema pode ser adequado para a capital amazone

O sistema pode ser adequado para a capital amazonense

créditos: Divulgação

 

Novas tecnologias para o transporte de massa estão sendo estudadas pela Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU).

 

O titular da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) e do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Pedro Carvalho, garantiu que está fazendo estudos e pesquisas, desde que assumiu os órgãos, para ter uma base melhor do sistema de transporte público moderno.

 

Das novas tecnologias existentes para o transporte público, Carvalho destaca três modelos que são mais utilizados: o metrô, o Veículo Leve sobre Trio (VLT) e o Veículo Leve sobre Pneu (VLP).

 

Hoje, Pedro Carvalho qualifica o VLP como o sistema mais cabível para o novo sistema a ser implantado na cadeia do trânsito em Manaus.

 

“O Veículo Leve sobre Pneu tem uma tecnologia que ultimamente está proliferando no mundo. Uma tecnologia nova, de modo que hoje está sendo implantado em Paris (França), com um custo inferior ao VLT e superior ao BRT. Está em nível intermediário. Esse é o único do sistema que, implantado, terá a mesma tarifa que o transporte coletivo urbano de hoje”, garantiu.

 

A vantagem, como assegura, é que o sistema ocupa menos espaço em relação ao VLT, que em compensação, é necessário de sete metros de largura para implantar nas duas faixas. Já no VLP são necessários apenas 5,20 metros.

 

Se ganha mais de um metro quando comparadas as tecnologias em espaço para sua implantação, o que é importante para a cidade, principalmente por diminuir os custos com desapropriação nos lugares por onde for implantado.

 

O VLP também é um sistema que pode ser misturado ao trânsito, pois é totalmente flexível; não polui, pois se alimenta de energia e não precisa de combustível para funciona, além de ser um veículo que sobe rampas até 13% a mais que os tradicionais, pois seus pneus são iguais aos de caminhão.

 

Com toda a infraestrutura necessária para ele trafegar, o custo do sistema fica em R$ 40 milhões por quilômetro, enquanto o VLT está na faixa de R$ 60 milhões o quilômetro. “É uma boa tecnologia sobre trilhos, rodas de ferro e entre as três modalidades seria o mais caro dos três”, explicou.

 

O VLP tem a capacidade de transportar em média de 500 passageiros ou até mais dependendo do número de vagões que o sistema terá. Na capital em média 20 milhões de passageiros utilizam o transporte coletivo.

 

“Estamos buscando uma saída para Manaus, como técnico indico escolhermos apenas uma forma, para poder colaborar com o trânsito, um que seja mais acessível em preço, tanto em sua construção como para o bolso do passageiro”, disse.

 

Para qualquer implantação desses serviços é necessário recursos. “A prefeitura, mesmo tendo apoio do estado teria dificuldades de implantar qualquer tipo desses sistemas já citados, pois necessitamos da ajuda do governo federal, caso contrário nenhum dos sistemas sairá do papel”, explicou.

 

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