A implantação do eixo Leste do sistema Bus Rapid Service (BRS) começa com a reforma das paradas de ônibus do antigo Expresso em Manaus.
A Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU) liberou a verba necessária para o início das obras do BRS, que é o principal projeto de mobilidade urbana a ser implantado até a Copa de 2014.
O valor, publicado nesta terça-feira (11), no Diário Oficial do Município (DOM), é de R$ 1,8 milhão que devem ser divididos entre a construção de 30 quilômetros de corredores exclusivos para o sistema e a revitalização dos 16 pontos de ônibus do antigo Expresso.
O dinheiro foi direcionado à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) que será responsável pela execução das obras. De acordo com a portaria no DOM, a verba é para a execução das obras nas Avenidas Camapuã, Grande Circular e Cosme Ferreira, todas nas zonas norte e leste da cidade, que devem iniciar entre os meses de julho e agosto, segundo a Seminf.
Já as obras que correspondem ao trecho norte-sul nas Avenidas Torquato Tapajós e Constantino Nery devem iniciar ainda neste mês de junho, já que a licitação da obra está em fase final de homologação da empresa vencedora da concorrência pública.
No total, foram liberados R$ 7, 1 milhão, no entanto, a quantia de R$ 5.320.372,00 é destinada à construção de 200 abrigos de ônibus de concreto pré-moldados em todas as áreas da cidade, segundo o Diário Oficial de 7 de junho. Ainda de acordo com a Seminf, os abrigos serão construídos em locais onde houve deterioração dos mesmos e em áreas onde abrigos não existiam.
De acordo com o titular da SMTU, Pedro Carvalho, a verba possibilita a execução de uma série de obras visando a Copa do Mundo. “O investimento não é relacionado apenas aos corredores exclusivos e pontos, mas também haverá obras complementares como a pintura de faixa de pedestres nessas áreas”, explicou.
Segundo o secretário municipal de Infraestrtura, Hissa Abrahão, em entrevista ao DIÁRIO na semana passada, as novas estruturas terão faixa de pedestre contínua, sinaleira, ampliação da estrutura de guarda-corpo e rampa de acesso para cadeirantes.
A reportagem do Portal D24AM tentou contato com Hissa, mas a assessoria informou que o secretário viajou para Brasília onde deverá participar de discussões sobre projetos de mobilidade urbana para a cidade.
Carvalho destacou, ainda, que todas as obras estão sendo trabalhadas de forma que possam ser aproveitadas posteriormente. “Estamos fazendo o que é possível para que nossos projetos estejam no que a cidade vai precisar para utilizarmos tudo corretamente”.
Carvalho disse que o BRS se trata de uma medida emergencial para a Copa de 2014, já que os projetos de mobilidade urbana iniciais não chegaram a sair do papel durante administrações passadas.
VLP é estudado como opção de transporte após a Copa
O projeto prevê ainda que posteriormente os corredores exclusivos devem servir também para o sistema Bus Rapid Transit (BRT) que ainda pode ser implantado na cidade.
A principal diferença entre o sistema BRS e o BRT é que este último funciona em vias segregadas, com prioridade de passagens em semáforos, enquanto o primeiro é um corredor expresso integrado às vias, mas com faixa preferencial para tráfego de ônibus.
No entanto, ainda de acordo com Pedro Carvalho, da SMTU, uma outra opção de transporte também está sendo estudada, o Veículo Leve sobre Pneus (VLP) que está sendo bastante utilizado em países do continente europeu .
“No âmbito estadual, temos o Monotrilho e no âmbito municipal estamos revendo o projeto anterior e estudando o que será feito depois, para melhorar ainda mais o sistema. Estamos pensando principalmente no VLP por ser uma opção perfeita para o que precisamos em Manaus”, afirmou.
Considerado um meio de transporte inovador, ecológico, seguro, confiável e rápido, o sistema VLP utiliza carros semelhantes a ônibus movidos a energia elétrica que percorrem trajetos em cima de trilhos.
Leia também:
Manaus: mobilidade urbana só para depois da Copa
Cicloativista tem projetos para a mobilidade urbana em Manaus
Em Manaus, portas para cadeirantes no transporte público não funcionam