É difícil definir se o encanto de Amsterdã reside em seus canais, na bela arquitetura do século 17, na liberdade cultural ou na possibilidade de curtir a cidade em uma bicicleta. Mas algo é certo, a capital da Holanda é uma cidade deslumbrante e com um certo romantismo que conquista todos que a visitam.
Para os casais apaixonados, ela reserva o clima de romance; para os turistas uma viagem cultural pela sua história e museus e, para os jovens, o agito dos cafés. São cerca de 750 mil habitantes e a cidade é um dos centros financeiros da Europa.
A Estação Central, bem no coração de Amsterdã, fica na principal avenida da cidade, a Damrak, que concentra o comércio, lojas e restaurantes. Nela também fica o curioso e exótico Museu do Sexo, com fotografias eróticas das décadas de 60, bonecos de cera e uma reprodução da clássica cena de Marilyn Monroe em "O Pecado Mora ao Lado".
Em Amsterdã, é mais fácil ser atropelado por uma bike do que por um carro. Os moradores usam a bicicleta como veículo preferencial no dia a dia e é comum ver as pessoas em trajes de trabalho, de todas as idades, ou pais levando seus filhos para a escola em bicicletas com cadeirinha. Essa liberdade em transitar com segurança é um dos grandes atrativos da cidade. A ciclovia circula os canais e há semáforo próprio para as bikes. Aliás, elas fazem parte do cenário urbano.
Não há sequer uma rua em Amsterdã em que não se encontre uma bicicleta, ou melhor, várias, estacionadas nas grades dos canais ou nas fachadas dos prédios. As lambretas também trafegam na ciclovia e promovem um colorido especial.
Alugar uma bicicleta é algo imperdível para os turistas. Há várias empresas de locação que oferecem pacotes de três, 12 ou 24 horas a partir de 10 euros. Mas as locadoras fecham às 17h, logo, se você pretende desfrutar da noite com a bicicleta precisa locar por um dia. Com ruas planas, o passeio é tranquilo e agradável e permite conhecer pequenas ruelas que quase se ‘escondem’ entre as ruas e avenidas. Uma dica para não se perder é ter como base o trajeto do autobus. Nos escritórios dessas agências, há mapas com o percurso completo. Depois de três horas de passeio, mesmo sem o hábito de pedalar, a sensação é de que se passaram apenas alguns minutos.
No passeio de bicicleta, aproveite para conhecer o Vondelpark. Com lagos, estátuas, coreto e pontes com flores, além do ‘Filmmuseum’, é um dos parques mais bonitos de Amsterdã. Um local para se sentar e tomar um café ou relaxar no gramado.
Cultura e história na terra de Vincent Van Gogh
Os museus são um dos pontos fortes do turismo em Amsterdã. O prédio moderno do Museu Van Gogh abriga uma coleção de mais de 250 quadros, além de desenhos e cartas do pintor holandês, que produziu cerca de 800 obras em apenas oito anos dedicados à pintura. Às sextas-feiras, o museu fica aberto até às 22h e seu bar se torna um ponto de encontro, com apresentações de música ou vídeo.
O Museu Rijks é o maior dos Países Baixos e possui uma coleção de arte holandesa. Já o museu Casa de Rembrandt foi a morada do pintor holandês entre os anos 1639 e 1660. A Casa de Anne Frank, onde a família judia da adolescente se escondeu durante quase dois anos da perseguição nazista, se tornou um museu aberto à visitação pública.
Nela está o diário original de Anne frank, que virou um best-seller. Entre os cinco pontos turísticos mais visitados de Amsterdã, está a fábrica da Heineken, em que os amantes da cerveja podem conhecer a história da cervejaria e o processo de fabricação.
Passeios sobre as águas de amsterdã
Os canais da cidade guardam uma beleza peculiar, tanto que a região é conhecida como a Veneza do Norte. Vale navegar pelos canais e a pessoa pode escolher entre degustar queijos e vinhos ou até mesmo jantar a bordo.
Mas lembre-se de que no verão o sol só se põe em Amsterdã a partir das 21h30, então, se você pretende curtir a iluminação da cidade, deve escolher o último horário do passeio, às 22h.
Da frente da ‘Central Station’ saem diversos tours. Como muitas pessoas possuem barcos em Amsterdã, durante esses passeios é comum encontrar grupos de amigos fazendo festas ou comemorações em pequenas embarcações, com direito ao som de saxofone ao vivo ou brindes de champanhe.
Em pouco mais de uma hora é possível curtir a bela vista da cidade a partir do ângulo privilegiado de seus canais e conferir de perto as charmosas casas flutuantes.
São mais de 2,5 mil barcos que servem de residências de artistas que, por meio de autorização da prefeitura e da criatividade, os transformaram em casas bem peculiares.
Moinhos, queijos e tamancos
Os moinhos de vento ainda integram a paisagem rural da Holanda. Dos 300 mil existentes em outras épocas e usados para bombear água das terras abaixo do nível do mar, hoje há cerca de mil peças. Mas são os mais charmosos da Europa. Eles podem ser vistos ao se visitar "Zaanse Schans", com suas pitorescas casas de madeira verde. Lá também se pode conhecer a fabricação dos queijos típicos, como o gouda e o edam.
Ainda nos arreadores de Amsterdã, por meio do famoso porto de pescadores de Volendam, é possível fazer um passeio de barco até a ilha de Marken, com casas típicas e a fábrica dos tradicionais tamancos de madeira holandeses. Outro passeio é pelo sul da Holanda, para conhecer a cidade de Delft e sua famosa indústria de cerâmica, além de visitar a cidade em miniatura de Madurodam, em La Haya, sede do governo holandês. Esses tours podem ser comprados nas agências da cidade e custam entre 34 e 60 euros.
Cidade tem cerca de 300 ‘CoffeeShops’
Amsterdã também é conhecida pela tolerância a alguns tipos de drogas. O consumo de substâncias como maconha e haxixe é permitido nos chamados ‘CoffeeShops’, para pessoas acima de 18 ano’. São cerca de 300 na cidade, com regras bem estabelecidas como a obrigatoriedade de vender bebidas não alcoólicas. Ao entrar no ‘CoffeeShop’ se recebe um cardápio com as variedades da erva e valores do cigarro, que pode ser comprado pronto ou preparado no local. Custam entre cinco e 14 euros.
Muitos curiosos entram apenas para conhecer esses coffees e tomar um cappuccino. Mas o desenho da folha da erva é explorada comercialmente na cidade e se tornou símbolo nas lojas de souvenires próximas a esses estabelecimentos. De balas, pirulitos a isqueiros, camisetas e chaveiros, o símbolo da maconha está expresso em todo canto. A prostituição também é legalizada na cidade e o bairro conhecido como Red Light District é considerado um ponto turístico. As luzes vermelhas iluminam as vitrines, onde as prostitutas se mostram, fugindo do rígido frio da cidade durante o inverno.