A pista exclusiva para os ciclistas está sendo usada como atalho do percurso. O caminho virou rota de fuga do trânsito intenso naquela região nos horários de pico e ciclistas passaram a dividir espaço com motos, correndo risco de acidentes.
A Urbes - Transito e Transporte, responsável pelo orientação do trânsito na cidade, informou por meio de sua assessoria de imprensa que pretende inibir os atos da infração efetuadas pelos motociclistas com a intensificação das ações de fiscalização no local.
Segundo a empresa pública, ao transitar com a motocicleta ou qualquer veículo motorizado na ciclovia, ou mesmo ciclofaixa, o condutor incorre em infração de trânsito prevista no artigo 193 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB ) -Lei nº 9.503/1997 - que classificada como de natureza gravíssima (sete pontos no prontuário do infrator) e multa pecuniária no valor de R$ 574,62.
O metalúrgico Milton Ribeiro Marques, 43 anos, teme que o uso do trajeto pelas motos passa a ser geral e aumente os riscos de acidente no local. "É um atalho dos motoqueiros que cada dia tem mais gente usando a ciclovia. A infração põe em risco as pessoas que passam por aqui, seja de bicicleta ou mesmo a pé", ressalta Marques. Ele acredita que a ciclovia só não é usada por carro porque o principal acesso a ela se faz por uma ponte de madeira estreita sobre um córrego que fica às margens da avenida Ulysses Guimarães. Sem pensar nos riscos, os motociclistas infratores "economizam" apenas dois quilômetros até o trevo de acesso aos bairros vizinhos.
No final de tarde da última quarta-feira, a reportagem flagrou, em menos de 10 minutos, perto de 12 motos transitando pela ciclovia. E constatou que algumas delas desenvolviam velocidades acima de 40 km/h, passando perto de pedestres e ciclistas.
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