Edital para Trem de Alta Velocidade deve ser lançado em julho

A previsão é do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que esteve em audiência pública na Câmara dos Deputados

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Fonte: Correio Braziliense  |  Autor: Maryna Lacerda  |  Postado em: 11 de abril de 2013

O veículo sobre trilhos percorrerá 511km

O veículo sobre trilhos percorrerá 511km

créditos: Divulgação

 

Após atrasos no lançamento de obras, leilões esvaziados e problemas com o projeto inicial, o edital para fornecimento de tecnologia para o Trem de Alta Velocidade (TAV) deve ser lançado em julho. O veículo sobre trilhos percorrerá 511km, entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, e alcançará a velocidade de 350km/h. Refeito depois do fracasso nos leilões para operação do sistema,— o último, em dezembro de 2012 — o plano está sob avaliação técnica do Tribunal de Contas da União (TCU), que deve finalizar os estudos ainda neste mês.

 

A previsão é do presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, que esteve, hoje, em audiência pública na Câmara dos Deputados. “Estamos na fase final de ajustamento do projeto e esperamos lançar em breve o edital”, disse. O recebimento das propostas dos consórcios interessados ocorre, na Bovespa, em 19 de setembro.

 

Rumores indicam seis prováveis candidatos: Hyundai Rotem, Talgo, Alstom, Mitsui, Bombardier e Siemens, mas nenhum confirma participação na disputa. Já a China Communications Construction foi excluída da concorrência devido a uma cláusula da minuta do edital que veta a participação de operadores responsabilizados por acidentes fatais nos últimos cinco anos.

 

Em 20 de novembro, será divulgada a concessionária ganhadora, que terá direito a 55% das ações do TAV. Os outros 45% pertencem à EPL. A empresa começará as obras em fevereiro de 2014, ao custo provável de R$33 bi, em parte financiadas pelo BNDES. A previsão de entrega é em 2020. Críticos ao trem rápido, no entanto, estimam que haverá atrasos e as despesas ultrapassarão, em pelo menos duas vezes, o orçamento inicial. Além disso, alertam para a possibilidade de o governo tenha que assumir integralmente a construção.

 

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