De acordo com o planejamento desenvolvido pela Prefeitura de Jundiaí nas últimas semanas para a implantação do BRT (Bus Rapid Transit) na cidade, com o recurso de R$ 106 milhões a ser liberado pelo Governo Federal com aprovação do projeto, será possível construir pelo menos 10 quilômetros de corredores segregados para colocar o sistema em funcionamento.
O objetivo do prefeito Pedro Bigardi (PCdoB) é viabilizar isso ainda em sua gestão. Ou seja, ele tem menos de quatro anos e o desafio é grande.
“Temos que montar um plano geral, com diagnóstico da cidade, pesquisa de origem e destino de cada estação e, ainda, responder rápido ao prazo de 60 dias para ter o projeto aprovado em Brasília”, afirma, comentando que acredita na possibilidade de vialibilização do BRT em seu primeiro mandato se houver um bom projeto a ser tirado do papel.
Ontem, em uma reunião com alguns secretários e representantes do Legislativo, o prefeito apresentou uma avaliação a respeito do que conheceu em recente viagem para a Colômbia, onde viu de perto como funciona o BRT nas cidades de Cali e Bogotá.
O objetivo é investir no transporte público de modo a torná-lo uma opção atraente para os jundiaienses. O projeto deve considerar também a construção de ciclovias e até resgatar espaços públicos com o investimento urbanístico.
“Em Bogotá o sistema funciona muito bem. É organizado, os ônibus são limpos, há um centro de controle excelente. Já em Cali o BRT ainda é deficiente”, conta. Depois da viagem de quatro dias para o país vizinho, o trabalho é ver como implantar o sistema na cidade da melhor forma.
De acordo com o secretário de Transportes, Dinei Pasqualini, o pedestre e o transporte público são priorizados em Bogotá
em detrimento ao transporte particular. E onde o BRT chega, o desenvolvimento da região se destaca.
“Eles vão na contramão de várias metrópoles do mundo todo. Em São Paulo, por exemplo, o pedestre e o ciclista não têm vez. Em Bogotá, as calçadas são largas, as ciclovias ligam um espaço público ao outro, assim como os ônibus”.
Traçado
A região oeste da cidade, onde estão bairros como Almerinda Chaves, Novo Horizonte, Fazenda Grande e Eloy Chaves é uma das consideradas para definir o traçado do BRT em Jundiaí. “Aquela área está em expansão e o desafio de locomoção é grande. É uma das ideias”, diz Bigardi. Também estão sendo estudados quatro principais eixos de ligação com a região Central - do Eloy, Colônia, Vila Rami e Morada das Vinhas.
Primeira etapa
Devem ser consideradas áreas livres para implantação dos corredores, sem que sejam necessárias desapropiações. “Queremos o mínimo impacto para a população nesse sentido”.
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