A Prefeitura de Florianópolis estima gastar R$ 64 milhões para a implantação do teleférico entre a Trindade e o Centro. O valor é quase um terço do que foi investido (R$ 210 milhões) para a instalação do equipamento de transporte no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, referência para a capital catarinense. O projeto conceitual entregue na fase de inscrição no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana prevê que esses recursos sejam utilizados para a compra dos equipamentos e construção das três estações de embarque e desembarque de passageiros.
Após conseguir a liberação de recursos para o novo modelo de transporte, a prefeitura passa para a segunda etapa: a confecção do projeto para saber onde ficarão as estações de passageiros. Para o vice-prefeito e secretário de Obras, João Amin, é muito cedo para a escolha dos pontos, principalmente o que ficará no Maciço do Morro da Cruz. “Tudo é conceito ainda. Dependemos do licenciamento ambiental”, argumentou.
O ex-secretário da pasta, Luiz Américo Medeiros, destacou que durante a elaboração do projeto conceitual foi pensado na Mariquinha como local da estação no Morro da Cruz. Porém, ele esclareceu que a definição do ponto exato depende do trajeto das três estações. Além do Morro da Cruz, os pontos definidos são UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e Ticen (Terminal Integrado do Centro).
A proposta de Florianópolis tem semelhanças com o equipamento do Rio de Janeiro, principalmente extensão e capacidade. Apesar disso, João Amin argumentou que há particularidades que podem ter elevado o preço da obra carioca. “Teremos menos estações de embarque e também pode ter variações devido à inclinação”, esclareceu.
Ao todo, o governo federal anunciou R$ 162 milhões para Florianópolis. Junto com o teleférico, será construído o anel viário (duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira). As duas obras custarão R$ 142 milhões.