Desde março de 2011, quando os trabalhos no Castelão tiveram início, Fortaleza tem se destacado pela agilidade. Não à toa o estádio da capital cearense foi o primeiro entre as doze arenas da Copa 2014 a ser entregue.
Agora, três meses após a inauguração, os desafios são outros: as obras de mobilidade urbana e a ampliação do aeroporto Pinto Martins.
Em andamento desde abril de 2012, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Parangaba-Mucuripe está 25% concluído. A entrega ocorrerá, segundo o governo do estado, em dezembro deste ano. No total, as obras têm 15 frentes de trabalho, entre estações, elevados e viadutos.
Já a prefeitura dá andamento às intervenções em quatro vias, responsáveis pela ligação da zona hoteleira para o Castelão: Eixo Norte-Sul (Via Expressa/Raul Barbosa), com 5% de conclusão e os BRTs Alberto Craveiro, Dedé Brasil, Paulino Rocha, 33%, 8,5% e 20% prontos, respectivamente.
No ano passado, as obras ficaram paradas por três meses. Em maio, a construtora Delta abandonou os trabalhos após envolvimento em esquemas com o contraventor Carlinhos Cachoeira, alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado. Um novo edital foi lançado e a Serveng-Civilsan saiu vencedora. Os trabalhos foram retomados em agosto. O investimento total é de R$ 232,55 milhões.
VLT
O Veículo Leve sobre Trilhos terá 12,7 km de extensão e vai atravessar 22 bairros de Fortaleza. O trajeto terá 11,2 km em superfície e 1,5 km em elevado. No bairro de Parangaba, a estação terá integração com a linha sul do metrô e com o terminal de ônibus do Sistema Integrado de Fortaleza. Já a estação elevada do Papicu fará a integração com a linha leste do metrô e o terminal de ônibus.
Em Parangaba, o escoramento dos pilares está em execução. Os trabalhos devem ser concluídos até agosto de 2013. Também há obras em andamento nas estações Pontes Vieira, Iate, Montese, Papicu, Borges de Melo e Mucuripe, além dos viaduto Pontes Vieira e Dom Luís. No Bairro de Fátima, mais uma frente de obra: o Elevado da Aguanambi. Ele terá cerca de 500 metros de extensão.
Desapropriações
A primeira etapa de montagem do VLT foi realizada em locais onde não era necessário desapropriar residências, como os elevados da Parangaba e da avenida Aguanambi, e os viadutos ferroviários da Raul Barbosa, Vírgilio Távora e Dom Luís. No total, 2,7 mil famílias foram ou serão afetadas.
O processo também ocorre nas intervenções ligadas à prefeitura de Fortaleza. Até outubro do ano passado, quase R$ 4 milhões foram pagos às pessoas desapropriadas.
*Texto originalmente publicado no Portal 2014