No final do ano passado, o governo de Santa Catarina lançou o edital Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), na busca por soluções para o problema de mobilidade urbana na Grande Florianópolis. Um dos projetos que surgiram é o de utilizar o transporte marítimo, por meio de balsas, apresentado pelo Consórcio Floripa em Movimento.
Segundo Halan Moreira, especialista em mobilidade urbana, e representante do Floripa em Movimento, o fundamental é implantar algo que seja funcional e que não agrida o meio ambiente. “Estamos analisando minuciosamente o problema e buscando soluções inovadoras e sustentáveis, ao exemplo do sistema implantado em países como Indonésia e Malásia, que são funcionais e preservam o meio ambiente”.
Ancoradouros flutuantes
Moreira explica que os países que conseguiram solucionar o problema de mobilidade urbana, por meio de transporte marítimo, construíram ancoradouros flutuantes, chamados de “concreto colmeia”, que são ligados à margem por pontes em concreto protendido. A construção desse sistema evita dragagens, principal causa da poluição. Desta forma, o sistema permite a construção de ancoradouros e marinas em vários pontos. “Essa é uma das tecnologias que iremos apresentar as autoridades dentro de 100 dias, tempo que falta para a entrega do projeto e dos estudos”, finalizou.
Carro elétrico e monotrilho
O Floripa em Movimento também propõe a inserção do POD –SIT, um carro elétrico, sem motorista, integrado ao uso do transporte marítimo e de monotrilhos, atendendo a demanda dos municípios de Palhoça, Biguaçu, Palhoça e Florianópolis.
O POD-SIT passaria por passarelas das pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, que seriam adequadas e revitalizadas para a passagem do transporte, permitindo também o trânsito com segurança de pedestres e ciclistas.
Segundo o consórico, a proposta representa uma solução rápida e eficaz para Florianópolis e região e, principalmente, sustentável. A iniciativa prevê uma redução de cerca de 70% dos poluentes com relação aos transportes tradicionais. A maior parte dos investimentos para a implantação do sistema será da iniciativa privada.
Leia também:
Buraco em ciclovia de Florianópolis é tão largo e profundo que é possível entrar de bicicleta nele
Ciclista lança livro sobre expedição de 1.800 km por Santa Catarina
Santa Catarina avança na definição de projetos de mobilidade urbana