Para impedir a utilização, as faixas serão pintadas, as placas já foram retiradas e há faixas comunicando a população que as ciclovias não devem ser utilizadas.
De acordo com Tacola, a prefeitura fez um levantamento da utilização da ciclovia e constatou que é pouco utilizada pela população e que o município precisa de mais espaço viário para circulação de veículos. A falta de segurança também pesou na decisão, em alguns momentos o ciclista disputava espaço com os veículos. Em outros era com o pedestre, uma vez que uma parte da ciclovia ficava em cima da calçada.
“Taboão tem 127 mil de veículos cadastrados. Nosso espaço viário é muito pequeno, e vimos que poderíamos maximizar melhor o espaço, desativando a ciclovia que é pouco utilizada. Essa é uma questão técnica, não temos espaço nem para o viário, quem dirá para o ciclista”, disse Tacola.
Ainda de acordo com o secretário, será realizado um estudo para saber se a população taboanense, realmente tem interesse em ter uma ciclovia, saber qual a sua utilização. O mais provável é que se faça um espaço, não para transporte, mas para lazer.
“A utilização para transporte é baixíssima, não há necessidade de uma ciclovia, também não temos espaços. Vamos estudar uma forma de implantar uma ciclovia para lazer, mas no momento não será implantada, essa não é a principal carência da população”, relatou.
Rinaldo Tacola afirmou que a implantação da ciclovia tornou-se um mau investimento, porém o custo da desativação não é maior que o prejuízo de perder vidas. “O maior problema da bicicleta é a falta de segurança. A vida não tem custo”, falou.
Trânsito
A grande quantidade de moradores que a cidade recebeu nos últimos anos transformou o trânsito de Taboão num caos. São 127 mil veículos cadastrados. A cidade recebe cerca de cinco milhões de veículos por mês. Só a Estrada Kizaemon Takeuti recebe 700 mil veículos/mês. “O espaço viário é muito pequeno”, disse Tacola.
O secretário afirmou que Taboão da Serra esta à beira de um colapso. “Não existe situação milagrosa para Taboão, porque aqui não existe espaço. Tudo que for implantado vai prejudicar o outro. Mas o grande problema de Taboão da Serra chama-se Avenida Professor Francisco Morato, uma faixa de ônibus e duas de carros”, relatou.
Também esta em estudo a possibilidade da Avenida Armando Andrade voltar a ter mão dupla. “Estamos estudando, para qualquer medida que você faz, mexe com a vida das pessoas. Nosso interesse é minimizar qualquer impacto negativo que a cidade possa ter”, declarou o secretário Tacola.
O trânsito de Taboão da Serra, segundo Tacola, matou instantaneamente em 2012, 30 pessoas, não foram contabilizados os acidentados hospitalizados e que entraram em óbito.
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