Rede Nossa São Paulo lança nova edição de indicadores

Rede Nossa São Paulo lança nova edição de indicadores. Prefeito comparece

Ao final do encontro, Haddad recebe em mãos da equipe do Mobilize Brasil o relatório Calçadas do Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 18 de janeiro de 2013

Caci Amaral fala lê o manifesto sobre a violência

Mesa do evento, no Sesc São Paulo: auditório lotado

créditos: Reprodução

 

A Rede Nossa São Paulo lançou hoje, quinta-feira (17), a sexta edição da pesquisa encomendada ao Ibope com a percepção dos paulistanos sobre a cidade, que inclui a quarta edição do Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município). Foram entrevistados 1.512 moradores da capital paulista com 16 anos ou mais entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2012. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

No encontro, foi lançado também oficialmente o manifesto "Eliminar a violência na raiz de suas causas", que já tem mais de 2 mil assinaturas e é assinado por várias entidades.

 

Os dois documentos foram entregues ao prefeito paulistano, Fernando Haddad, que compareceu ao encontro acompanhado de vários secretários municipais.

 

O Irbem revela como anda o nível de satisfação dos paulistanos em relação à qualidade de vida e bem-estar em São Paulo. A pesquisa aborda 25 temas, alguns com aspectos subjetivos como Sexualidade, Espiritualidade, Aparência, Consumo e Lazer e outros que tratam de condições mais objetivas de vida, como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Habitação e Trabalho.

 

O levantamento apresenta também, pelo sexto ano consecutivo, o nível de confiança da população nas instituições (Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar, Poder Judiciário etc) e a avaliação do poder público e dos serviços por ele oferecidos. Tempo de espera por consultas (nos sistemas público e privado) e tempo de espera nos pontos de ônibus são algumas das perguntas que compõem a pesquisa.

 

Alguns destaques da pesquisa:

- 58% dos entrevistados nasceram em São Paulo. Dos 42% que não nasceram, 82% moram há mais de 10 anos na cidade;

- 7 entre 10 paulistanos utilizam ônibus todos os dias. O tempo médio de espera no ponto de ônibus é de 21 minutos;

- A qualidade de vida na cidade piorou na percepção dos paulistanos. 38% dos entrevistados afirmaram que a qualidade de vida melhorou um pouco ou muito. No ano passado esse percentual era de 44%;

- 56% dos entrevistados afirmaram que sairiam da cidade caso tivessem oportunidade de viver em outro lugar. O número é o mesmo da pesquisa anterior;

 

Evolução dos indicadores

- Houve uma queda significativa na nota de quase todos os 169 itens avaliados pelo Irbem. O tema “Transparência e Participação” continua sendo o mais mal avaliado pela população. “Relações Humanas” é a área em que o paulistano se sente mais satisfeito.

- O grau de satisfação do paulistano em relação ao trabalho vem caindo no decorrer dos anos. Embora o grau de satisfação seja acima da média, os dados apontam que de 2009 até 2012 há menos entusiasmo com a perspectiva de carreira, com equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, mas especialmente na questão de remuneração (abaixo da média nos últimos 2 anos);

- A satisfação geral com o consumo apresenta queda em todos os aspectos avaliados, perfazendo os menores índices desde 2009, principalmente em relação ao incentivo ao consumo moderado e sustentável;

- Diminui a satisfação geral com a saúde em todos os aspectos. Dos 14 aspectos avaliados, apenas 5 ficam acima da média da escala. Os aspectos relacionados com o agendamento de consultas/exames e o tempo médio de espera entre a marcação e o atendimento são os pontos críticos;

- A percepção sobre a educação, que vinha estável até 2011, em 2012 apresentou quedas significativas nas médias obtidas para todos os aspectos. A falta de vagas em creches ou pré-escolas e a falta de respeito e valorização ao profissional de ensino são os aspectos mais críticos;

- A satisfação dos paulistanos com os valores pessoais e sociais diminui em 2012 de forma geral. O sentimento de descaso ou a falta de valorização da cultura de paz e recusa à violência é marcante entre os entrevistados;

- O item “segurança na cidade” teve a maior queda registrada: a nota média passou de 3,9 para 3. 

- No balanço geral, 8 em cada 10 paulistanos estão insatisfeitos com a qualidade de vida na cidade. Este índice é o pior desde 2009. Dos 169 itens avaliados, 28 receberam nota acima da média, 2 deles estão na média e 139 ficaram abaixo da média;

- A média geral para a qualidade de vida em São Paulo foi 4,7, a menor de todas;

 

Segurança

- A sensação de insegurança do paulistano em 2012 é a mais alta observada desde 2008: 91% acham pouco ou nada seguro viver na cidade. A opção “nada seguro”  aumentou 10% - de 35 para 45 – em relação ao ano passado;

- Quando questionados sobre “do que mais tem medo” em São Paulo, “violência em geral” foi o item mais lembrado, com 71% das respostas.  “Assalto /roubo” ficou em segundo lugar (63%), seguido por “Sair à noite” (41%); 

- Para a pergunta “quais ações e medidas são mais importantes para diminuir a violência?” , a resposta mais citada foi “combater a corrupção na polícia e nos presídios” , seguida por “criar oportunidades de trabalho para jovens de baixa renda” e “aumentar o número de policiais nas ruas”; 

 

Saúde

- Assim como na edição anterior da pesquisa, observa-se que cerca de 3 em cada 10 entrevistados possuem plano de saúde privado.

- O tempo médio para utilização dos serviços públicos de saúde aumentou muito: para consultas, passou de 52 para 66 dias; para exames, de 65 para 86 dias; para procedimentos mais complexos (internações, intervenções cirúrgicas etc), de 146 para 178 dias;

 

Poder público municipal (pesquisa realizada antes da atual gestão tomar posse)

- A atual administração municipal (Gilberto Kassab) é “ótima/boa” para 17% dos entrevistados. O número é o mesmo do ano anterior. Os que consideram “regular” são 48%, contra 52% na edição anterior da pesquisa. E passou de 30% para 35% os que consideram “ruim/péssima”;

- A subprefeitura da região é “ótima/boa” para 18% (20% no ano anterior); “regular” para 45% (47% no ano anterior) e “ruim/péssima” para 35% (31% no ano anterior);

- A Câmara Municipal é “ótima/boa” para 11% (idem no ano anterior); “regular” para 39% (42% no ano anterior) e “ruim/péssima” para 46% (42% no ano anterior);

 - Das 26 instituições e órgãos públicos avaliados, os paulistanos apontam 15 deles nos quais depositam mais confiança do que desconfiança. Entre eles estão mais uma vez o Corpo de Bombeiros (88%), os Correios (86%), o Metrô (77%), a SABESP (76%) e o Procon (74%). Mesmo ainda sendo apontada como uma instituição de confiança, as Forças Armadas apresenta nova queda neste índice (de 73% em 2010 para 60% em 2011 e 57% em 2012).

- Entre as 9 instituições ou órgãos públicos com maior nível de desconfiança estão a Câmara Municipal (69%), o Tribunal de Contas do Município (64%), a Polícia Civil (60%) e a Polícia Militar (60%).

 

Saiba mais:

Calçadas do Brasil - Relatório final –2ª Ed. – Janeiro 2013

Relatório final da campanha e estudo realizado pelo Mobilize Brasil

Calçadas do Brasil - Relatório inicial - Abril 2012

Relatório preliminar do levantamento das Calçadas do Brasil realizado pelo Mobilize Brasil 

Calçadas do Brasil - Resultado total - Agosto/2012

Resultado total da avaliação realizada pelos colaboradores do Mobilize Brasil e pelos cidadãos brasileiros 

Calçadas do Brasil - Resultado preliminar - Abril/2012

Resultado da avaliação realizada pelos colaboradores do Mobilize Brasil em doze cidades brasileiras 

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