O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), deve ir a Brasília na próxima semana para assinar o contrato com o governo federal para a viabilização do Bus Rapid Transit (BRT) na Capital. O convênio de R$ 130 milhões será firmado com o Ministério das Cidades no próximo dia 14, contudo o prefeito eleito Mauro Mendes (PSB) é quem deve tocar a obra em 2013.
O montante foi disponibilizado pela União através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana. O modal deve servir como um complemento do sistema de transporte e operar em sintonia com o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), modelo de transporte escolhido pelo governo do Estado a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo de 2014.
“O objetivo é ampliar e agilizar o transporte público. Estamos complementando o VLT. Queremos melhorar o nosso sistema de transporte coletivo”.
O modal deve ser instalado no trecho que liga o futuro parque de exposições, na saída para Santo Antônio de Leverger, até a avenida Fernando Corrêa da Costa, onde haverá um terminal do VLT.
De acordo com Galindo, a intenção era instalar o BRT em toda a Avenida dos Trabalhadores, no entanto os recursos financeiros disponibilizados não foram suficientes para a viabilização do projeto, já que era necessário realizar desapropriações no local.
“A primeira opção que pensamos era fazer o BRT na Avenida dos Trabalhadores porque daria mais fluência no transporte coletivo, mas os recursos são insuficientes”, enfatiza. Galindo ressalta que o BRT não vai chegar até o futuro Hospital Universitário Júlio Müller, mas “ficará próximo”.
Ao todo, o PAC da Mobilidade Urbana investirá R$ 7 bilhões nas 75 cidades do país que foram selecionadas, entre elas Cuiabá e Várzea Grande. A Capital ficará com R$ 130 milhões, recursos suficientes para a implantação do BRT.
Para viabilizar a obra, a prefeitura teve que elaborar um projeto executivo, que foi analisado e aprovado pelo Ministério das Cidades. Ela será executada em duas fases, sendo a primeira a construção do corredor exclusivo de circulação de ônibus para atender a região noroeste com a área central. Serão 13,1 quilômetros, onde estão previstos 34 pontos de parada (embarque e desembarque), um terminal no CPA III e também 4,5 quilômetros de ciclovia ao longo dos corredores de transporte coletivo.
Esta primeira etapa da obra está orçada em R$ 91,4 milhões, sendo que R$ 13,5 milhões são referentes à contrapartida do Executivo municipal. Já a segunda fase está estimada em R$ 34,2 milhões, onde R$ 1,7 milhão é a contrapartida.
Nesta etapa serão construídas faixas preferenciais em vias coletoras de bairros utilizados no percurso das linhas alimentadoras e integradas ao VLT no terminal do Coxipó. Vão ser 23,4 quilômetros, com 51 pontos de parada, e 21,2 quilômetros de infraestrutura cicloviária.
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