O painel de encerramento do workshop PAC Mobilidade Urbana: como construir projetos sustentáveis contou com a presença de três representantes da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades (SeMob), no final da tarde desta quarta-feira (28/11), em Brasília. Marcos Daniel Souza Santos e Paula Coelho da Nóbrega, analistas de Infraestrutura, e Lúcia Maria Mendonça Santos, gerente de Projetos, esclareceram quais são os critérios técnicos que determinam a seleção dos projetos de mobilidade contemplados pelos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Considerando financiamentos federais e estaduais, os PACs Mobilidade Grandes e Médias Cidades somam cerca de 7 bilhões de investimentos na qualificação do transporte coletivo do país.
“Sabemos que estes projetos são de longo prazo. Nós queremos um legado para a cidade, independente do governo que está e estará lá. Sabemos as dificuldades das médias cidades em financiar parte dos planos, mas é possível. Não há necessidade de iniciar somente projetos muito ambiciosos”, esclarece Paula.
De acordo com os especialistas da SeMob e com o documento oficial do PAC Mobilidade, as diretrizes fundamentais para a elaboração dos projetos são:
- Integração com as políticas setoriais de habitação, saneamento básico, uso do solo;
- Prioridade dos transportes não motorizados sobre os motorizados e do transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;
- Mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos;
- Integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
- Priorização de projetos de transporte estruturadores do território;
A gerente de Projetos, Lúcia Santos, esclareceu que o desejo principal da SeMob é resgatar a convivência social das ruas, por meio da qualificação dos sistemas de transporte coletivo. “Quem já foi atendido por nós sabe que queremos corredores estruturantes de transporte público. Isto não inclui apenas BRT, mas também VLT, corredores de ônibus e outros”, explica.
“Agradecemos à EMBARQ Brasil por ter nos dado a oportunidade de esclarecer os pontos que serão avaliados por nossa equipe nas entrevistas presenciais com as cidades. Nosso interesse é que todas as cidades contempladas consigam uma fatia deste bolo, por todos os brasileiros”, finaliza Lúcia Santos.
No final das apresentações, os três técnicos ouviram e esclareceram mais dúvidas dos participantes, mediados pelo diretor-presidente do IPPUJ, Vladimir Tavares Constante. O painel foi a última apresentação do workshop PAC Mobilidade Urbana: como construir projetos sustentáveis.
Esse post foi originalmente publicado no site The City Fix Brasil
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