A PPP, a maior do Estado, segundo o vice-governador Guilherme Afif Domingos, está estimada em R$ 20 bilhões.
A previsão é que os primeiros trens operem em 2016 e as linhas fiquem completamente prontas em 2019, quando transportariam em média 250 mil passageiros por dia.
São duas as novas linhas: Sorocaba a Pindamonhangaba e Americana a Santos. Elas se cruzariam na estação Água Branca, na capital paulista.
A passagem entre São Paulo e Campinas ou São José dos Campos está estimada pelo estudo em R$ 18, mas pode chegar a R$ 15. Os trens andariam a 160 km/h, o que é considerado um trem regional --a viagem de Campinas à capital duraria 50 minutos.
A proposta foi apresentada ao governo pela EDLP (Estação da Luz Participações) e pelo banco BTG Pactual após um ano de estudo. A EDLP tem projetos na área de ferrovias em São Paulo; o BTG é um banco de investimento.
Ter o projeto aprovado não significa que a EDLP terá o direito de realizá-lo. A proposta agora passará por consulta pública e depois será licitada. Qualquer companhia pode participar da concorrência.
Pela proposta da EDLP/BTG, o governo entrará com 30% do investimento e o investidor privado, com 70%.
O vice-governador, que coordena as PPPs do Estado, disse que a previsão é fazer a licitação em 2014 e ter os primeiros trechos ligando o ABC à capital dois anos depois.
A proposta da EDLP/BTG foi apresentada como uma MIP (Manifestação de Interesse Privado). Nesses casos, o Estado recebe a ideia e analisa sua viabilidade. Ontem, o governo aprovou a proposta no seu conselho de análise de PPPs.
Afif lembrou que é a primeira vez que uma empresa fora do mercado de obras ou de venda de equipamentos apresenta uma MIP.
"O projeto está estruturado pela área financeira, o que o deixa isento de interesses de construtoras ou vendedores de equipamentos de fazer um negócio sem viabilidade para vender seus produtos."
A União foi informado da PPP paulista de trens regionais, já que parte dos trechos coincide com os do projeto do trem-bala de São Paulo ao Rio (Campinas -São Paulo e São José dos Campos-São Paulo).
TREM-BALA
Mais de 1/3 dos recursos para o trem-bala virão de passageiros dessas ligações regionais, segundo estudos.
O governo federal concordou que os projetos não são concorrentes, pois o custo do trem-bala será mais que o dobro e a velocidade será bem maior, de até 350 km/h.
Parte das companhias interessadas já manifestou que trens regionais são essenciais ao projeto, já que captam passageiros para ligações de maior distância.
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