Não há nada a elogiar no transporte público de Salvador, segundo a opinião de 74% dos soteropolitanos ouvidos em pesquisa divulgada hoje pela Planter - Observatório do Comportamento & Tendências.
A pesquisa avaliou a opinião dos cidadãos sobre o serviço de transporte público prestado na capital baiana, a partir de fatores como rotas, conservação, terminais, tempo de espera, qualidade da frota, segurança, atendimento dos condutores e custo. No total, foram entrevistadas duas mil pessoas, em seus domicílios, de 11 a 14 de junho deste ano, nos 22 distritos e 20 zonais da capital.
O estudo constatou ainda que o ônibus é o meio de transporte usado por 77,1% da população soteropolitana, que, em sua maior parte (58,3%), usa o transporte público para ir ao trabalho. O custo da passagem, atualmente em R$ 2,80, foi classificado como péssimo para 62,6% dos entrevistados.
Entre os itens mais negativos, classificados como péssimos, estão a facilidade de deslocamento (rotas, percursos e linhas), o estado de conservação dos veículos (higiene, qualidade de assentos, barras de apoio e espaço), os terminais rodoviários, os horários (tempo de espera), a quantidade de veículos (frota), e a segurança e integridade pessoal.
Para o professor Elmo Felzemburg, da Escola Politécnica da UFBA, e especialista em trânsito e transporte, é preciso um projeto que requalifique toda a estrutura de mobilidade da capital baiana. "Temos hoje um sistema de transporte público que tem origem nas décadas de 1960, e 1970. Os altos níveis de congestionamento que assolam a cidade têm trazido uma qualidade de vida cada vez pior para nossa população", comentou Felzemburg.
Veja a pesquisa completa no site da Planter