Inaugurado em outubro de 2011, o sistema Bike Rio de aluguel de bicicletas já contabiliza um total de 800 mil usuários e celebra a excelente aceitação do serviço entre os cariocas.
O sistema facilita a população do Rio de Janeiro em seu deslocamento entre terminais de ônibus e metrô na Zona Sul da cidade, além do uso para passeios e atividades físicas. Até agora são mais de 75 mil usuários cadastrados, cerca de 120 mil viagens por mês, com uma média superior a quatro mil viagens por dia.
De férias no Rio de Janeiro, a estudante de Sociologia Ráisa Lammel Canfield, de 24 anos, que mora em Santa Maria, Rio Grande do Sul, aprovou o serviço. Para ela, as bicicletas facilitam a vida dos turistas e são ótimas companhias para apreciar as paisagens da cidade maravilhosa.
"Adorei a novidade. Para nós, que somos de fora, é uma ótima opção de transporte pelos bairros da Zona Sul, que são próximos uns dos outros. Eu e meu namorado nos deslocamos sem problemas, em segurança, por vários lugares. E, para completar, ainda pedalamos nelas pela orla da praia", disse Ráisa.
O projeto prevê um total de 60 estações e 600 bikes. Atualmente, 58 estações estão ativas, disponibilizando 580 bicicletas em 15 bairros. Os picos de utilização ocorrem das 7h às 10h e das 17h às 20h. Santa Clara, Posto 6, Miguel Lemos, Princesa Isabel e General Osório são, em ordem, as estações com maior retirada de bikes. As que têm maior devolução são as estações de Santa Clara, Miguel Lemos, Posto 6, Princesa Isabel e General Osório.
O Bike Rio é um projeto de compartilhamento de bicicletas da Secretaria de Conservação da Prefeitura do Rio, com operação da empresa concessionária Serttel e patrocínio do banco Itaú.
"O Itaú Unibanco adotou a plataforma da mobilidade urbana porque acredita no uso da bicicleta como meio de transporte viável e complementar no trânsito das grandes cidades. Por isso somos parceiros desse projeto. O sucesso do programa, com números expressivos e uma aceitação tão carinhosa das laranjinhas pelos cariocas, é motivo de orgulho e a comprovação de que o Bike Rio está integrado ao dia a dia da cidade, afirma Cícero Araújo, diretor de Relações Institucionais e Governos do Itaú Unibanco.
O projeto Bike Rio une-se ao objetivo estratégico da Prefeitura do Rio de Janeiro de incentivar o uso da bicicleta como transporte alternativo, proporcionando aos usuários o acesso e integração com outros modais de transporte. Para tal, a Prefeitura do Rio acena com um investimento na expansão da malha de ciclovias da cidade que passará a ter 300 km até o final de 2012.
Angelo Leite, presidente da Samba/Serttel, acredita que a parceria tem tudo para seguir rendendo frutos aos cariocas. "O Bike Rio demonstra a viabilidade de se implantar novas políticas públicas voltadas para a melhoria da mobilidade das cidades brasileiras, baseadas em modos de transporte ecologicamente sustentáveis", afirmou ele.
Operação via celular
O sistema de comunicação sem fio do serviço, via rede GSM e 3G, permite que todas as estações fiquem conectadas com a Central de Controle Samba 24 horas por dia, além de serem alimentadas exclusivamente por energia solar. As bicicletas ficam à disposição todos os dias da semana, de 6h às 22h. Para utilizar o sistema compartilhado, é preciso preencher um cadastro pela internet, no site www.movesamba.com.br. Para destravar a bicicleta, o usuário tem de fazer ligação do telefone celular ou interagir pelo aplicativo para smartphones.
Como formas de pagamento, pode-se optar pela mensalidade de R$ 10,00 ou a diária de R$ 5,00. Não há necessidade de pagar nenhum valor adicional desde que sejam respeitadas as seguintes regras: A bicicleta pode ser usada por 60 minutos ininterruptos e quantas vezes por dia o usuário desejar. Para isto, basta que após os 60 minutos, a bicicleta seja estacionada em qualquer uma das 60 estações, por um intervalo de, no mínimo, 15 minutos.
Segundo a Serttel, até agora, em quase dez meses de operação, foram subtraídas apenas oito bicicletas, número irrisório em relação aos números de usuários do serviço e em comparação com qualquer serviço semelhante em outro país. Além do que, as bicicletas foram fabricadas com um design exclusivo. Ou seja, mesmo sendo pintadas, na tentativa de disfarçá-las, elas seriam facilmente identificadas. As bicicletas passam também por constante manutenção. De fabricação 100% nacional, elas pesam em torno de 15 quilos, possuem quadro em alumínio, três e seis marchas, selins com altura regulável, guidão emborrachado, acessórios de sinalização e sistema de identificação e trava eletrônica.
O mesmo sistema adotado no Rio de Janeiro foi lançado, em maio passado, na zona sul de São Paulo com o nome de Bike Sampa.
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