O prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo (PTB), anunciou que vai implantar o Bus Rapid Transit (BRT), ônibus com corredor exclusivo, para complementar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), modal do transporte publico escolhido pelo governo do estado para Copa do Mundo de 2014. Inicialmente, o BRT foi pensado como o transporte publico para o mundial, mas foi descartado após o governo do estado reavaliar o projeto e identificar que ele não daria conta de atender a demanda crescente de usuários do transporte.
Galindo estimou que o projeto do BRT deve custar entre R$ 120 e R$ 150 milhões. O recurso deve ser destinado por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana. Ele explicou que o BRT deve ser construído na Rodovia Palmiro Paes de Barros, na região do Coxipó, uma das mais populosas da cidade. Com 5 quilômetros de extensão, o BRT vai se conectar com um terminal que será construído para o VLT na Avenida Fernando Corrêa da Costa.
O secretário da Copa em Mato Grosso, Maurício Guimarães, afirmou que o BRT deve ser importante para melhorar o transporte público na capital. O BRT vai chegar até às proximidades do novo Hospital Universitário Júlio Müller, do Terminal Atacadista e do Parque de Exposição, obras que ainda serão realizadas na região pensando na Copa de 2014. O prefeito disse que técnicos já estão fazendo levantamento para a montagem do projeto orçamentário.
O projeto do BRT ainda deve ser apresentado no Ministério das Cidades, que deverá analisar se vai fazer a liberação dos recursos. Galindo explicou que a proposta deve ser apresentada até o dia 30 de agosto. Já o convênio de execução da obra deve ser assinado até o dia 14 de dezembro, conforme relatou o chefe do executivo em entrevista à TV Centro América.
Polêmica
A então mudança do BRT para VLT em Cuiabá foi alvo de uma polêmica nacional. A suposta fraude atingiu Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, que deixou o cargo em dezembro de 2011 após série de denúncias. Funcionários do Ministério são suspeitos de fraudar documentos relativos à implantação de um novo sistema de transportes em Cuiabá (MT). A mudança de modal ampliava os custos da obra em quase três vezes: de R$ 454 milhões para cerca de R$ 1,3 bilhão. A licitação da obra acabou sendo feita em R$ 1,4 bilhão.
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