A cidade de Natal tem cinco projetos de mobilidade inscritos na Matriz de Responsabilidades para a Copa. Sob responsabilidade do governo do estado, intermediados pela Secopa-RN, estão: o prolongamento da av. Prudente de Morais; intervenções na av. Engenheiro Roberto Freire; o acesso ao novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante; e a implantação de um VLT – Veículo Leve sobre Trilhos.
Com recursos dos governos federal (CEF) e municipal, e a cargo da prefeitura de Natal, estão as obras do corredor estruturante Zona Norte/Estádio Arena das Dunas. Esta obra tem custo avaliado de R$ 338,8 milhões.
Procurada pela equipe do Mobilize, a assessoria de imprensa da Secopa RN não soube informar, até o fechamento da edição, qual o estágio atual das obras, exceto que a av. Prudente de Morais é a única já em andamento.
Em entrevista ontem (25) ao Diário de Pernambuco, o secretário estadual da Copa (Secopa-RN), Demétrio Torres, lamentou os atrasos nas obras de mobilidade urbana e admitiu os atrasos. Segundo ele, a que mais preocupa é a modernização da principal avenida de Natal, a Engenheiro Roberto Freire, prevista para ser executada em dois anos, e que ainda se encontra em fase de licitação.
Na av. Prudente de Morais, que será prolongada em 4,8 km, a informação é que a primeira parte dos trabalhos - execução de algumas vias e túneis – pode ser concluída logo mais em agosto. Já quanto à liberação do financiamento para as obras, a Secopa apenas confirma que está aprovado, mas não foi ainda liberado.
Segundo levantamento do Portal 2014, publicado em maio passado, as obras não tinham sido iniciadas não só na av. Engenheiro Roberto Freire, mas também no acesso ao novo aeroporto. Mesma situação se encontra nas obras do corredor Zona Norte/Estádio Arena das Dunas, sob responsabilidade da prefeitura de Natal, “travada” por problemas com as desapropriações. Já o VLT, informa a Secopa, está em fase final de projeto.
A previsão do órgão é que o VLT seja licitado ainda este ano. O projeto é na verdade para aquisição de novos trens, que correrão no leito da atual linha férrea, adaptada pelo projeto para o sistema dos veículos leves.
Obras de mobilidade de Natal:
Av. Prudente de Morais (prolongamento):
A via que atravessa toda a cidade está sendo ligada à BR-101 (extensão de 4,8 km). O objetivo é facilitar o acesso entre municípios próximos e ao aeroporto internacional Augusto Severo. Serão executadas obras como: construção de complexo viário e viaduto sobre a BR-101 (em Parnamirim-RN); dois túneis (com recursos do governo do estado); 4 faixas de rolamento; ciclovia; ponte sobre o rio Pitimbu.
Custo total: R$ 60 milhões
Acesso ao novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante:
O novo acesso (de 33 km, em pista dupla) ao aeroporto prevê ligações entre as rodovias BR-406, BR-304 e BR-226, para compor o futuro anel viário metropolitano de Natal. Permitirá que se chegue ao estádio Arena das Dunas, à BR-101, ao aeroporto Augusto Severo e à cidade do Recife. Com a obra, a região de Mossoró (exportadora de frutas, sal e cimento e segunda cidade do estado) terá ligação com a região de Macau (maior produtora de sal do país) e Guamaré (refinaria potiguar Clara Camarão).
Obra licitada e contratada, prevista para finalizar em dezembro de 2013.
Valor total: R$ 73,1 milhões
Intervenções na av. Eng. Roberto Freire:
Trecho de 4 km, entre o viaduto de Ponta Negra e a av. Praia de Tibau (Feira de Artesanato), terá as seguintes intervenções: aumento das faixas de rolamento, que passarão de 6 para 12; implantação de via expressa; construção de túneis; eliminação de semáforos. Além disso, será priorizado o transporte coletivo (com faixa exclusiva) e implantadas ciclovia, passarelas e acessibilidade.
Valor total: R$ 221,7 milhões
Implantação de VLT:
Com extensão de 14,5 km e 11 estações de embarque/desembarque, o sistema de VLT será composto por 6 veículos, que transportarão 300 passageiros cada. Com velocidade média de 32 km/h e intervalo entre viagens de 6 minutos (hora de pico), a capacidade diária do sistema é de 50 mil passageiros/dia. Para o projeto, há recursos garantidos de R$ 136,5 milhões, informa a Secopa.