Jardim Sulacap e Magalhães Bastos, como as estradas do Calmet e de Curicica e as ruas André Rocha e Salustiano Silva. Também estas vias, hoje estreitas e muitas vezes residenciais, passarão a ter 40 metros de largura.
"A nova Salvador Allende terá três faixas por sentido na pista central e duas na lateral, assim como a Avenida das Américas no trecho da Barra. No restante do Transolímpico, o corredor terá três faixas por sentido, sendo uma em cada direção para o trânsito local dos bairros. A partir da Taquara, será aberta uma nova via que cortará a Colônia Juliano Moreira, transpondo através de pontes e viadutos algumas estradas da região, como a do Rio Grande e da Boiúna", explicou o secretário municipal de Obras, Alexandre Pinto.
Parte do caderno de encargos dos Jogos, o BRT Barra-Deodoro foi concebido originalmente como opção de ligação expressa para desafogar o saturado trânsito de Jacarepaguá e seus arredores. Durante os Jogos, o corredor ligará dois dos quatro núcleos de competições. Na Barra, atenderá à chamada família olímpica, a turistas e a jornalistas que transitarem entre o Riocentro, o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas. Na outra ponta, a nova estrada desembocará em Deodoro, onde será construído o Parque Radical, que sediará as provas de pentatlo moderno, esgrima, tiro e moutain-bike, entre outras, em áreas militares às margens da Avenida Brasil.
Anunciado pela prefeitura em maio de 2010 e com previsão de início de obras para o primeiro semestre de 2011 - adiado agora para o fim do ano -, o projeto do Transolímpico está passando por um freio de arrumação. O objetivo é diminuir os custos de implantação, orçados inicialmente em mais de R$ 3 bilhões e que devem cair para R$ 2,1 bilhões, segundo o prefeito Eduardo Paes. O trajeto original, que teria 26km, foi encurtado em 3km, com a exclusão de uma variante que seria construída na Avenida Duque de Caxias, na Vila Militar. Também está sendo reestruturado o trecho do corredor entre as avenidas Marechal Fontenelle e Brasil, em Magalhães Bastos, para diminuir a quantidade de desapropriações.
Outra mudança de peso é o tamanho do túnel que será construído sob o Maciço da Pedra Branca. A previsão original era que as galerias tivessem 3.800 metros. Pela nova geometria da obra, o túnel foi encurtado para 1.800 metros. O número original de estações (18) também será modificado. O projeto perdeu ainda uma estação subterrânea que seria construída na Taquara, para fazer a integração do BRT com as redes de ônibus locais. Os passageiros chegariam à estação por escadas rolantes e elevadores, ideia que foi abandonada.
"A integração com a rede alimentadora local continuará a ser feita na Taquara, mas no nível da rua", disse Pinto.
Segundo Paes, a prefeitura quer que o número de desapropriações em Magalhães Bastos, Sulacap e Vila Militar fique em torno de 700 imóveis, bem menos que as cerca de 3.500 desapropriações que estão sendo feitas para a implantação do TransCarioca, corredor que ligará a Barra ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.
"Em Magalhães Bastos a gente optou por negociar faixas de terrenos com o Exército do que partir para a desapropriação dos imóveis de terceiros. Estimamos os gastos com desapropriações em cerca de R$ 300 milhões", disse Paes.