Mobilidade urbana envolve participação popular, afirmam especialistas

Fórum em Palmas (Tocantins) defende que espaços para o transporte de massa, e também para ciclistas e pedestres devem ser democráticos e sempre dotados de áreas verdes

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Fonte: O Girassol  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 11 de julho de 2012

Mobilidade com participação popular

Mobilidade com participação popular

créditos: Divulgação

 

O transporte público e iniciativas que promovam desenvolvimento local integrado à preservação do ambiente urbano foram temas destacados por autoridades e especialistas que participaram nesta quarta-feira (11) da mesa-redonda “Mobilidade Pública Sustentável”, dentro do Fórum da Sustentabilidade, evento que integra a programação da Flit – Feira Literária Internacional do Tocantins. 

 

Para o palestrante italiano Pierluigi Merlin, líder em inovação e sustentabilidade para o desenvolvimento local, o preocupante para o futuro é o aumento em progressão geométrica do número de motores de combustão nas ruas das cidades em todo o mundo. Conforme ele, a dificuldade de mobilidade da população, junto com a quantidade de gases metano e outros componentes expelidos, já são responsáveis por um número acentuado de doenças respiratórias e neuropsíquicas, o que requer uma mudança drástica nesta concepção de desenvolvimento e de vida.

 

Todos os palestrantes defenderam que não basta atacar problemas específicos a partir da introdução de veículos movidos a energias limpas, a exemplo de biocombustíveis, biomassa, elétrica, sem estabelecer metas e estratégias para se saber onde se quer chegar, e num período de médio a longo prazo.

 

Governo e população

“É preciso, acrescenta Merlin, que os espaços urbanos recebam mais áreas verdes para absorção de gás carbono, e se quisermos espaços para pedestres, ciclistas, transporte de massa, veículos leves sobre trilhos – VLT, metrô, como nas grandes cidades europeias, e que são mais baratas, é preciso que os gestores decidam junto com a população, pois as pessoas estão necessitando conhecê-las e esperando por estas possibilidades”, defende.

 

Para o outro expositor, mestre em Engenharia de Transportes pela USP - Universidade de São Paulo, Marcelo Mancini, é necessário se levar em conta múltiplos fatores para democratizar o espaço urbano, pensando a cidade para todos, desde o pedestre, o portador de necessidades especiais, ao transporte de massa. ”O interessante é fazer com que a população participe das decisões para que o trânsito se torne humanizado”.

 

O secretário de estado do Desenvolvimento Sustentável e coordenador do Fórum da Sustentabilidade, o governo sozinho não vai solucionar o problema da mobilidade urbana, mas em conjunto com a comunidade. E lembrou que, até 2015, as cidades do Tocantins e de todo o país, acima de 20 mil habitantes, terão que contar com plano de mobilidade urbana.


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