Não há planos para utilizar ônibus elétricos nos novos BRTs do Rio de Janeiro. A Secretaria Municipal de Transportes afirma que a sua utilização ainda não é viável, mas que tão logo essa situação seja alterada, o município deverá aderir à motorização elétrica, inclusive com apoio de financiamento do BNDES.
Segundo a Secretaria, os veículos dos BRTs usarão motores e combustíveis menos danosos ao meio ambiente. Por enquanto, os ônibus terão o motor Euro 5, que reduz em 60% a emissão do óxido de nitrogênio na atmosfera e em 80% as partículas globais de emissão de poluentes. O combustível usado será uma mistura de diesel e biodiesel, que utiliza fontes vegetais em sua composição.
Comuns em várias cidades do país até os anos 1980, os ônibus elétricos (ou trolebus) foram gradativamente afastados das ruas em função do aumento dos preços da energia elétrica. Na região do ABC, em São Paulo, um corredor opera ônibus elétricos desde a década de 1970. E a própria capital paulista, nos últimos dois anos, renovou sua frota de trolebus com veículos mais modernos, de piso baixo.
Segurança aos pedestres
A Secretaria Municipal de Transportes vai lançar campanha para reforçar a educação de trânsito aos motoristas, ciclistas e pedestres. O órgão afirma que o comportamento inadequado da população no trânsito seria a principal causa de problemas recentes ocorridos no novo corredor BRT Transoeste, onde falhas na sinalização teriam gerando riscos aos pedestres.
Ainda de acordo com o órgão, não existe falha nem inadequação da sinalização do corredor, mas sim a má utilização por parte dos pedestres, "que atravessam a via de forma irresponsável e dos motoristas, que invadem as canaletas de uso exclusivo dos veículos BRT". No entanto, usuários entrevistados pela imprensa carioca no decorrer da semana passada apontaram problemas de projeto no corredor de ônibus, como a longa distância entre as estações de embarque e as faixas de pedestres para travessia das pistas.