Cidades começam a buscar novas soluções para reduzir o número de mortes de motociclistas e pedestres na área urbana das grandes cidades.
Disciplinar e fiscalizar a circulação ordenada de motocicletas nas grandes cidades é hoje um grande desafio das autoridades de trânsito em praticamente todas as regiões do país. O crescimento da frota tem sido vertiginoso, e com ele também o número de acidentes com vítimas fatais. No Rio, a frota cresceu 70% nos últimos cinco anos, chegando a 232.684. No estado de São Paulo, esse número chega a quase 1 milhão (941.136 unidades exatamente), com crescimento de 22% entre 2008/2011).
Embora não haja estatísticas oficiais, no Rio de Janeiro, de abril de 2010 a abril de 2011 foram 2.386, segundo a Associação de Motociclistas do Estado. Em São Paulo, das 1.365 pessoas que perderam a vida ao longo de 2011 em decorrência de acidentes de trânsito 512 eram motociclistas. No ano anterior, esse número foi de 478 usuários de motos, um aumento de 7,1% - a única categoria a registrar aumento no número de mortes, segundo relatório da CET-SP divulgado no mês passado.
As mortes envolvem tanto motociclistas, na imprudente disputa por espaço e tempo entre os carros para fugir dos engarrafamentos no trânsito, quanto pedestres, que também insistem em atravessar as pistas entre os carros e fora da faixa. O problema é complexo, pois não existem mecanismos de punição tanto de pedestres, o lado mais frágil na disputa por espaço, quanto de motociclistas. Além disso, é preciso criar instrumentos de fiscalização para disciplinar e punir o mau uso desse veículo.
Com ações de educação e fiscalização, através do Programa de Proteção ao Pedestre, São Paulo já conseguiu reduzir em 2% as mortes de pedestres no trânsito ao longo de 2011 (de 630 para 617 pessoas), e o alvo agora são os motociclistas. Utilizando a tecnologia de informação, a Companhia de Engenharia de Trânsito realocou, desde março último, sua logística de fiscalização por equipamentos eletrônicos e colocou em funcionamento seis radares portáteis dotados de dispositivos registradores de imagem para flagrar excesso de velocidade cometido por motociclistas. As autuações com esses equipamentos começaram em 26 de março de 2012. Outros 19 radares fixos também estão sendo usados para fiscalizar as infrações de motociclistas em todas as regiões da Cidade.
Além disso, deverá licenciar a motocicleta que será utilizada para os serviços de transportes de pequenas cargas como motocicleta de categoria aluguel - Placa Vermelha. Sendo assim, todos os motociclistas, para exercer a atividade de transportes de pequenas cargas na cidade de São Paulo, deverão cumprir a legislação vigente.
Essa e outras experiências e tecnologias aplicadas na gestão, fiscalização, controle e monitoramento do transito das cidades e nas estradas brasileiras vão ser apresentadas e debatidas durante o 3º Seminário Sistemas Inteligentes de Transportes, promovido pela Planeja & Informa Comunicação e Marketing, em parceria com a UERJ e a COPPE/UFRJ. O objetivo é discutir e difundir as soluções existentes para melhorar a eficiência dos sistemas de transporte urbano de passageiros, de cargas e nas rodovias do país. Com foco na mobilidade e sustentabilidade, o evento acontecerá nos dias 25 e 26 de junho de 2012, das 9:00h às 18:00h, no Centro Empresarial Rio, no Rio de Janeiro.
Para se inscrever no 3º Seminário Sistemas Inteligentes de Transportes, basta solicitar o formulário de inscrição pelo
e-mail inscricao@planejabrasil.com.br, ou ligar para os telefones (21) 2262-9401/ 2244-6211