Em Belo Horizonte, várias áreas foram revitalizadas recentemente ou estão em obras de modernização para a Copa de 2014.
Este esforço concentrado para melhorar o ambiente urbano certamente foi um dos fatores que rendeu à capital mineira a nota 7,05 no levantamento que o correspondente do Mobilize, jornalista Leandro Cabido, fez para a campanha Calçadas do Brasil. De acordo com o estudo, 8 é a nota de corte que indica uma calçada adequada para o livre fluxo dos pedestres.
Problemas como obstáculos, irregularidades e falta de iluminação persistem, no entanto, nos passeios públicos da capital mineira, mesmo em locais que já passaram por obras de melhorias.
Para este levantamento do Mobilize, foram avaliadas calçadas de todas as regiões de BH: Pampulha, Savassi, Centro, Mangabeiras e Linha Verde.
Alguns destaques positivos são: Boulevard Arrudas, onde o pedestre caminha sem ter de driblar obstáculos à sua frente; a acessiblidade da Praça Sete e a largura das calçadas na Praça Savassi. Já os pontos mais problemáticos são: a falta de acessibilidade e irregularidades nas calçadas da orla da lagoa da Pampulha, e obstáculos como postes, lixeiras e ambulantes no entorno da Praça Sete, no centro.
BELO HORIZONTE
Locais avaliados:
Pampulha
Entorno do Mineirão, orla da lagoa e bairros vizinhos: Acesso pouco eficiente para portadores de necessidades especiais; irregularidades constantes na calçada inversa à orla da lagoa; iluminação melhorou, mas ainda não é a adequada.
Savassi
Entorno da praça da Savassi, avenidas do Contorno, Getúlio Vargas e Cristovão Colombo, até a praça da Liberdade: A praça da Savassi está em reforma; nos arredores, principalmente na avenida Getúlio Vargas, há irregularidades no piso, com muitos obstáculos, iluminação precária e sinalização deficitária. Ponto forte é a largura das calçadas, que facilita o fluxo de pedestres.
Centro de BH
Entorno da praça Sete e avenidas adjacentes: Revitalizado, o centro da capital mineira ainda possui alguns problemas para a locomoção de pedestres. Lixeiras, postes e ambulantes atrapalham o fluxo. A iluminação é regular e não compromete a segurança do pedestre. A região é exemplar em acessibilidade.
Mangabeiras
Zona nobre de Belo Horizonte (avenidas Bandeirantes, Afonso Pena e praça do Papa): Área precisa de reformas no quesito acessibilidade. As irregularidades não são alarmantes, mas a qualidade está longe do padrão da Praça 7 ou do Boulevard. Como a região é residencial, muitos obstáculos atrapalham o fluxo de pedestres. Além disso, a fraca iluminação dificulta passeios na parte da noite.
Linha Verde
Boulevard Arrudas até o bairro Cidade Nova, na região Leste: Região foi revitalizada, dando nova cara para a área da praça da Estação, um dos cartões postais da cidade. Destaque para as calçadas largas e acessíveis, com menos obstáculos do que a média de toda a capital.
Local |
Irregularidades |
Degraus |
Largura |
Rampas |
Obstáculos |
Iluminação |
Paisagismo |
Sinalização |
Média |
Centro (Praça 7) |
10 |
10 |
10 |
10 |
5 |
5 |
5 |
8 |
7,88 |
Orla Lagoa da Pampulha |
5 |
8 |
8 |
10 |
5 |
8 |
8 |
8 |
7,50 |
Mangabeiras |
7 |
5 |
6 |
8 |
5 |
3 |
7 |
7 |
6,00 |
Savassi |
7 |
8 |
10 |
5 |
5 |
3 |
7 |
7 |
6,50 |
Boulevard/Linha Verde |
7 |
5 |
10 |
10 |
7 |
5 |
8 |
7 |
7,38 |
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Média total: 7,05 |
REGULAMENTAÇÃO
Obs.: A lei de calçadas em BH é específica para cada local da cidade, e permite uma padronização diversa conforme os diferentes bairros, pontos turísticos e centro.
Decreto Municipal nº 11.601, de 09/01/2004
Regulamentando a Lei Nº 8.616 de 14/07/2003, do Código de Posturas do Município de Belo Horizonte, que prevê a padronização das calçadas
ABNT/ NBR 9050 que trata de medidas de acessibilidade universal