O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou nesta quinta-feira (29) a autorização para início das obras da primeira fase da Linha 17-Ouro do Metrô, que será operada como monotrilho. De acordo com o governo, a instalação de canteiros de obras deve ser iniciada ainda nesta quinta. Na primeira fase está prevista a construção de oito estações, ligando o Aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), ambos na Zona Sul da capital.
Inicialmente, será feita a parte de colocação de estacas e preparação do terreno. A licença ambiental para a construção do primeiro trecho foi recebida no dia 21. Segundo o governo, o esforço será para que as estações estejam prontas e funcionando até a Copa do Mundo de 2014. O primeiro trecho terá 7,7 km de extensão, com as estações Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin, Vereador José Diniz, Água Espraiada, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi. A primeira fase da Linha 17 terá uma frota de 24 trens.
“Serão dois anos de obras, nós vamos correr o máximo para ficar pronto antes da Copa do Mundo, se possível. As pessoas vão poder sair do Aeroporto de Congonhas e pegar o trem”, disse Alckmin. No aeroporto, a estação ficará na Avenida Washington Luís, do lado oposto à entrada de Congonhas, e a ligação será feita por um túnel.
Na segunda etapa, serão construídas estações até a interligação com a futura Estação São Paulo-Morumbi da Linha 4-Amarela do Metrô, passando por Paraisópolis. Esta fase tem conclusão prevista entre 2015 e 2016. Já a terceira fase ligará Congonhas à Estação Jabaquara da Linha 1-Azul do Metrô.
A linha completa tem valor estimando em R$ 3,2 bilhões – sendo R$ 600 milhões investidos pela Prefeitura de São Paulo.
A implantação da Linha 17 como monotrilho foi muito criticada por moradores do Morumbi, que terá estações. Por ser feita em via elevada, eles temem a degradação do bairro. “Não é como o Minhocão. É tudo vazado. Ele é uma estrutura bem alta, vazada, silenciosa, tem pequeno impacto ambiental e arquitetônico”, afirmou.
Moradores chegaram a entrar na Justiça contra a linha. “É uma luta constante. Dentro da democracia isso faz parte. Nós tivemos a liberação desse trecho, era o trecho menos complicado em termos de desapropriações, mas coincidentemente um trecho muito importante para 2014. No meio disso tudo a gente vai lutando com as questões judiciais. Nós não vamos cruzar os braços e esperar o mundo ficar resolvido”, disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
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