Copa: Só 4% da verba para transporte foi liberada

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou, nesta quarta-feira (21), dados pouco animadores em relação à mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014

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Fonte: Veja Online  |  Autor: Da Redação  |  Postado em: 23 de março de 2012

Valmir Campelo:

Campelo: "Atraso pode resultar em Copa mais cara"

créditos: Carlos Humberto/BG Press

Ministro Valmir Campelo disse que tribunal se preocupa com falta de planejamento urbano. Ele participou de audiência em comissão da Câmara.

 

Segundo o relator do processo sobre o mundial, ministro Valmir Campelo, apenas 4% dos recursos previstos para obras de transporte foram liberados até agora pela Caixa Econômica Federal (CEF) aos governos estaduais e municipais. Em outras palavras, somente verbas para sete das 54 operações foram desembolsadas. “O atraso pode resultar em uma Copa mais cara, porque pode ensejar aditamentos”, disse Campelo. 

 

De acordo com o ministro, os recursos estão garantidos pela Caixa. O que falta são os governos estaduais e municipais encaminharem os projetos executivos ao banco. Ele disse ainda que Belo Horizonte é a mais adiantada das doze cidades-sede nas obras de mobilidade urbana. Campelo participou de audiência na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados. 

 

O valor previsto de financiamento pela Caixa é de 7,6 bilhões de reais. Esta quantia está incluída no total de 11,48 bilhões de reais previsto para mobilidade urbana. O BNDES contribuirá com um aporte de 1,2 bilhão de reais e os governos locais custearão o valor restante, 2,68 bilhões de reais. 

 

Campelo disse que a falta de planejamento urbano, requisito necessário para que a população usufrua do legado das obras, é preocupante. “Mentiríamos se falássemos que o Brasil pensou em médio e longo prazo”, disse. “Preocupa-nos o risco de conceder uma herança que não corresponda às reais necessidades da população ao término dos jogos", disse. 

 

Prevenção

 

O ministro do TCU informou também que as ações preventivas do tribunal para evitar irregularidades reduziram os preços das obras num total de meio bilhão de reais. O valor inclui orçamento para estádios e aeroportos, por exemplo. “A atuação do TCU repercutiu em benefícios concretos e superiores a meio bilhão de reais, sem que fosse paralisada nenhuma obra”, disse. 

 

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Comentários

mariana falcone guerra - 29 de Março de 2012 às 21:11 Positivo 0 Negativo 0

Resta ir à pé para os jogos, pelas nossas excelentes calçadas. Como diz um professor da FAU, o urbanista no Brasil pode ganhar a vida fazendo stand up comedy.

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