RJ: 'A Linha 3 é prioridade do governador para São Gonçalo'

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, revelou que a prioridade do governador Sérgio Cabral em relação ao transporte de massa para São Gonçalo é a Linha 3.

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 |  Autor: Julio Cesar / São Gonçalo On Line  |  Postado em: 23 de junho de 2011

Secretário estadual de Transportes, Julio Lopes

Secretário estadual de Transportes, Julio Lopes

créditos: meionews.com.br

Ele garantiu também que o Tribunal de Contas da União deverá autorizar o início das obras nos próximos meses. Segundo ele, o Estado já enviou toda a documentação exigida pelo TCU e que 80% do investimento será arcado pelo governo federal. O secretário disse ainda que, no futuro, o governo fluminense não descarta aproveitar parte do porto que será construído pela Petrobras na Praia da Beira, em Itaoca, como terminal de embarque e desembarque de passageiros numa ligação hidroviária entre o Rio e São Gonçalo.


O SÃO GONÇALO - Secretário, em visita a São Gonçalo, o senhor afirmou que faltavam resolver pequenas pendências junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a Linha 3 do Metrô saísse do papel. Entretanto, o TCU informou que a resolução das pendências levarão mais que os três meses mencionados anteriormente. Efetivamente, o que há de concreto nesta negociação junto ao TCU para regularizar a questão?


JULIO LOPES - A Secretaria de Transportes está trabalhando em total parceria e sinergia com o TCU. Já foi enviado todo o material solicitado, a fim de que as análises dos documentos, assinados em 2002 numa gestão estadual anterior, sejam finalizadas, e, assim, o TCU possa liberar a sequência das obras.


OSG - A alteração do projeto gonçalense no PAC da Mobilidade retira os R$ 150 milhões que seriam repassados ao Estado como contrapartida para as obras do Metrô. Caso o projeto seja aprovado, haverá mais atraso para o início das obras da Linha 3? Como o Estado irá conseguir a verba para dar início as obras?


JULIO LOPES - O repasse é feito diretamente à Prefeitura. Em relação ao cronograma da obra, exceto pela questão do TCU, a Secretaria estadual de Transportes detém todas as condições e liberações para o desenvolvimento da obra, cujo financiamento deverá ser feito a partir de 80% de recursos federais. Hoje, o Estado já dispõe de R$ 62,5 milhões para o início das obras.


OSG - Foi proposto para São Gonçalo um projeto alternativo, que contemplaria o transporte hidroviário no PAC da Mobilidade por causa destas pendências. Na época em que a informação veio a público, o Estado não sabia da proposta. Hoje, qual o pensamento do Estado perante essa proposta?


JULIO LOPES - Neste momento, no que diz respeito a transportes de massa para São Gonçalo, o governador Sérgio Cabral está concentrando esforços na execução da Linha 3 do Metrô.


OSG - Por se tratar de um transporte intermunicipal, a possibilidade das Barcas em São Gonçalo depende do Estado. Já existe uma pesquisa de possíveis empresas que queiram participar da licitação para o transporte, caso o município seja contemplado no PAC?


JULIO LOPES - Um dos principais pontos que inviabilizam a ligação hidroviária neste momento está relacionada à profundidade (calado) na Baia de Guanabara. Hoje, o calado do trecho está aquém do necessário para este cruzamento.Uma boa notícia sobre o assunto está relacionada ao Porto de Itaoca, que será construído pela Petrobras. O local, onde será desembarcado todo o material para a construção do Comperj, deverá ser cedido ao governo estadual após a finalização da refinaria. Existe a intenção de que o Porto seja habilitado tanto para o fluxo de carga, quanto para o de passageiros.


OSG - O ‘Corredor Viário’ de Niterói está funcionando há quase 18 meses. Ele atingiu o objetivo traçado pela Secretaria estadual de Transportes?


JULIO LOPES - Sim. O objetivo do corredor viário era reorganizar o trânsito dos ônibus, de forma a melhorar a vida das pessoas que utilizam o transporte público. Esse objetivo foi alcançado.Tendo uma via exclusiva para ônibus e plataformas para embarque e desembarque, o ‘Corredor Viário’ foi um grande feito da Secretaria de Transportes. Algumas viagens de ônibus chegavam a durar mais de uma hora para cruzar a Alameda. Hoje, a travessia média é efetuada em, no máximo, 17 minutos. Desta forma, nota-se a total eficiência das intervenções feitas ali pela Secretaria de Transportes.


OSG - A Auto Viação 1001 detém o monopólio para a Região dos Lagos. Nos últimos meses, os passageiros têm reclamado que a empresa não tem feito paradas para que os usuários possam se alimentar ou irem ao banheiro, por exemplo. Como o senhor vê esta situação?


JULIO LOPES - É preciso conferir o trajeto destes ônibus junto ao Detro, e, caso esteja havendo alguma modificação indevida do trajeto, intensificar a fiscalização no trecho.


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