A "World Naked Bike Ride" (WNBR), uma campanha global para defender os direitos dos ciclistas e combater a dependência do petróleo, energias não renováveis e automóveis, reuniu neste domingo em Lisboa cerca de 200 participantes que tiveram que se manifestar de maiôs, já que foram proibidos pelas autoridades portuguesas de pedalar desnudos.
O português Antonio Cruz, 27 anos, reclamou que a Polícia impediu os manifestantes de protestarem sem roupa (segundo a legislação portuguesa, o ato de andar nu em público é considerado crime) e disse que esse é um sinal de "um conservadorismo que vem de outros tempos".
"Nós estamos desprotegidos e nossa pele simboliza esse fator de falta de proteção em caso de acidente", concluiu Cruz. Ciclistas urbanos de todas as idades compareceram à Praça do Marques de Pombal para percorrer cinco quilômetros até a histórica região de Belém.
A World Naked Bike Ride, que surgiu no início da última década na Espanha e no Canadá, acontece todos os anos em mais de 20 de países de todos os continentes, como a Argentina, Austrália, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Alemanha, Japão, México, Holanda, Panamá, Polônia, Paraguai, África do Sul, Reino Unido, EUA e Tailândia.
A iniciativa visa promover um estilo de vida livre de automóveis para ajudar à redução real de gases nocivos para o meio ambiente e diminuir a dependência energética do petróleo e outras fontes não renováveis.