País tão pequeno, é comum imaginar que Israel seria um lugar simples para se locomover. Mas, infelizmente, este não é o caso, pois as cidades e as estradas estão continuamente sufocadas pelo tráfego. Assim, é reconfortante saber que muitos israelenses estão trocando seus automóveis poluentes pelas bicicletas.
Pelo menos este é o caso da segunda maior cidade do país, Tel Aviv, que desde 2008 registra aumentos consideráveis no uso do transporte alternativo. O número de moradores que usam bicicletas diariamente aumentou 300% na última década, de acordo com a Associação Yisrael Bishvil Ofanayim (Israel Bicycle Association ou IBA), que também fez campanha para estacionamentos seguros de bicicletas em estações ferroviárias, bem como armazenamento em trens.
Usar a bike em Israel é uma tarefa assutadora pois os motoristas são muito imprudentes. Além do que, as ciclovias são poucas e distantes entre si, para não mencionar as ruas estreitas.
No lado positivo, o ciclismo é uma forma divertida, saudável e barata de se locomover. Uma maneira para escapar do congestionamento urbano e ver, ao mesmo tempo, o país apoiando simultaneamente causas ambientalmente corretas.
Esta opção é saudável para o usuário e para o meio ambiente, além de evitar os congestionamentos. O problema reside na falta de infraestrutura urbana. Ciclistas e patinadores estão constantemente colocando suas vidas em risco, sendo forçados a manobrar entre os carros. Quanto aos pedestres, eles têm que compartilhar a calçada com latas de lixo e carros estacionados, inalando gases de efeito estufa o tempo todo.
Parte da qualidade de vida de uma cidade significa que se pode andar de um lugar para outro, pedalar ou utilizar transporte público eficaz e de fácil acesso", diz Amy Lippman, pesquisadora do departamento de geografia da Universidade de Tel Aviv e ativista. "A ideia é que andando ou pedalando de um lugar para outro, você se envolve com os recomendados 30 minutos de exercícios físicos diário e se torna mais ciente de seus arredores. No entanto, a realidade contemporânea tem feito a maioria de nós dependentes dos carros, mesmo para o menores trajetos", diz ela. Com informações Haaretz.
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