Neste mês de abril, a cidade de São Paulo passou a contar com 728 ônibus elétricos. Conforme dados da SPTrans, os novos veículos deixam de emitir cerca de 10 mil toneladas de dióxido de carbono por ano. A informação foi divulgada pela Prefeitura de São Paulo durante o evento de lançamento de novos 115 ônibus elétricos, no amplo estacionamento do Parque Anhembi, zona norte da cidade.
Os veículos foram adquiridos pelo modelo de subvenção, com investimento de R$ 242 milhões em benefício das empresas Campo Belo, Express Movebuss, Sambaíba e Transcap. Agora, são 527 movidos a bateria e 201 trólebus, modo tradicional de transporte na cidade desde 1946, quando a antiga CMTC importou os primeiros elétricos dos EUA.
Com esse acréscimo, a capital paulista segue sendo a cidade brasileira com mais ônibus elétricos, embora o número esteja bem abaixo da meta fixada há mais de 15 anos pela Lei de Mudanças Climáticas, que previa a eletrificação de 50% da frota de 12 mil ônibus até 2024. Um dos maiores problemas - ainda não resolvido - é a letargia da concessionária Enel em oferecer condições para a instalação dos carregadores de baterias necessários para a operação: sem o reforço das linhas de transmissão e distribuição, a energia não pode chegar aos pontos de recarga. Se os planos de 2009 fossem realizados, a cidade teria cerca de 6 mil elétricos e seria a capital com a maior frota da América do Sul e uma das primeiras no mundo.
Conforme o site E-Bus Radar Santigo, no Chile, por exemplo, completou o total de 2.550 ônibus elétricos. E Bogotá, na Colômbia, já mantém 1.486 elétricos em circulação.
Em tempo: a antiga rede de ônibus elétricos paulistanos foi quase extinta no início dos anos 2000, restando apenas alguns trechos na área central e uma linha que atende ao bairro da Moóca, na zona leste de São Paulo. E agora a Prefeitura anunciou planos para instalar duas linhas de veículos leves sobre trilhos (bondes modernos) na cidade que já teve mais de 500 km de trilhos de bondes.
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