E Brasília parou...

Uirá Lourenço, do Brasília para Pessoas traz um relato do enorme engarrafamento que travou a capital, apesar das novas pistas, túneis e viadutos

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Fonte: Brasília para Pessoas  |  Autor: Uirá Lourenço  |  Postado em: 13 de fevereiro de 2025

Carros itomaram as pistas, canteiros, calçadas

Carros tomaram as pistas, canteiros, calçadas e ciclovias

créditos: Uirá Lourenço

Nesta terça-feira (11) o trânsito deu um nó em Brasília. O Eixo Monumental estava daquele jeito! Carros por todo lado, inclusive em calçadas, canteiros, ciclovias e na faixa exclusiva de ônibus.


Para seguir de bike estava tranquilo, mesmo com a chuva (toró em alguns momentos). Nada como um kit básico com capa, calça impermeável e chinelo.


Além da chuva forte, no Centro de Convenções começava o Encontro dos Prefeitos. Mas o grande fator para o caos era mesmo a frota automotiva avantajada em circulação na capital federal. Da parte alta, na ciclovia vazia, eu avistava o mar de carros. Poucos ônibus no horizonte.


Dias de evento são oportunos para promover o uso de transporte coletivo e da mobilidade ativa. Com esse congestionamento e a baixíssima velocidade média dos carros, até a pé se poderia chegar mais rápido a locais na área central. De ônibus também seria possível ir mais rápido, graças à faixa exclusiva, embora alguns "mautoristas" insistissem em usá-la também.


Reunião com o Secretário de Mobilidade
Por coincidência, de manhã tivemos reunião com o secretário de mobilidade, promovida pela Rede Urbanidade. No discurso, tudo muito bonito, bem alinhado com a mobilidade moderna e sustentável. Ele falou da Zona Verde (cobrança de estacionamento público, uma forma de desestimular o uso do carro), dos zebrinhas (micro-ônibus que rodam na cidade), dos ônibus elétricos que chegarão, da integração tarifária com o cartão mobilidade e da revisão do Plano de Transporte (PDTU, PMUS). O secretário afirmou que o novo plano de transporte ‘é uma ferramenta de transformação social’.


Sabemos que as mudanças no modelo rodoviarista focado no automóvel são necessárias. E também sabemos que um órgão só,  com discurso alinhado e algumas boas propostas, não basta para mudar o cenário apocalíptico nas ruas. É preciso envolver - e convencer - outros órgãos, como o Detran, DER, Secretaria de Obras, Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Novacap e Administrações Regionais, além do governador, na busca de uma cidade humanizada e segura. E, claro, convencer os moradores e comerciantes de que outro modelo de cidade é possível e desejável, com mais pessoas a pé, de ônibus, bicicleta, metrô, monociclo e patinete.


Chega de novas pistas, túneis e viadutos para beneficiar temporariamente os motoristas. Que venham mais faixas exclusivas de ônibus, calçadas e ciclovias iluminadas e arborizadas, linhas de VLT e metrô, zonas 30 (de baixa velocidade) e bicicletários para beneficiar as pessoas e a qualidade de vida no Distrito Federal.


Leia o texto completo e veja um vídeo.




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