Manifesto pede por um Recife sem mortes no trânsito

Lançado na última quarta (16), documento da Ameciclo, apoiado por várias organizações, visa pressionar autoridades a garantir segurança a ciclistas e pedestres na capital

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Fonte: Mobilize Brasil/ Ameciclo  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 21 de outubro de 2024

Ciclistas recifenses pedem mais segurança para ped

Ciclistas recifenses exigem mais segurança para pedalar

créditos: Ameciclo/ Divulgação

No período de apenas um mês, foram atropelados e morreram nas ruas do Recife seis ciclistas, vítimas da violência no trânsito e da falta de uma infraestrutura cicloviária mais ampla que dê segurança a quem pedala na cidade. Essas mortes recentes engrossam o rol de casos de sinistros com vítimas de trânsito na capital pernambucana, que incluem principalmente pedestres e ciclistas, e que, segundo dados oficiais, teve aumento de 116,5% no período de janeiro a maio, entre os anos 2022 e 2024. 

 

Diante dessa grave crise de segurança no trânsito recifense, a Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) lançou na semana passada um manifesto, apoiado por diversas organizações locais, nacionais e internacionais. O objetivo é pressionar as autoridades - prefeitura e CTTU (Autarquia de Trânsito e Transportes Urbanos do Recife) - para que tomem medidas urgentes e eficazes que garantam a segurança viária e sejam capazes de interromper esse ciclo de mortes no trânsito. 

 

Redução da velocidade

O Plano Diretor Cicloviário (PDC) da cidade do Recife prevê 260 km de ciclovias. Mas, na atual gestão, questiona a Ameciclo, menos de 60 km de estruturas foram executados, das quais apenas a da Avenida Agamenon Magalhães era de fato ciclovia e estava prevista no PDC; as demais foram em outras rotas e tipologias, de acordo com os ciclistas pouco eficientes em oferecer segurança para o pedalar.

 

O manifesto da Ameciclo denuncia ainda que a atual gestão da CTTU foi incompetente para resolver os problemas de segurança viária do município. Entre outros motivos, o órgão é criticado por ignorar a lei municipal, assinada pelo prefeito João Campos (PSB) em dezembro de 2021, que determina a redução das velocidades da cidade para um máximo de 50 km/h, e de garantir a fiscalização eletrônica em tempo integral na cidade. Ambas as ações não foram efetivadas, questionam as entidades. 

 

Leia aqui na íntegra o manifesto "Por um Recife sem mortes no trânsito".

 

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