Para reduzir emissões na logística urbana

Parceria do WRI Brasil com o Governo Federal busca descarbonizar o transporte e a entrega de cargas nas cidades

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Fonte: WRI Brasil  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 27 de setembro de 2024

Cargobikes, um dos meios de entregas urbanas

Cargobikes, um dos meios de entregas urbanas

créditos: Arquivo Mobilize Brasil

Uma parceria firmada pelo WRI Brasil com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima está procurando estabelecer políticas e ações coordenadas para impulsionar a descarbonização do transporte de carga nas cidades.


Afinal, conforme um relatório do Fórum Econômico Mundial, em 2030 a crescente demanda por comércio eletrônico levará a um aumento de 36% no volume de veículos de entrega em 100 grandes cidades. Esse crescimento impacta as emissões de carbono, mas também a qualidade de vida nas áreas urbanas, incluindo o impacto deletério dos poluentes locais na saúde pública.


Embora o transporte de cargas esteja na origem das cidades, hoje o setor de entregas é um dos principais responsáveis pelas emissões urbanas de gases de efeito estufa (GEE). O transporte ainda tem outras tantas externalidades negativas, como as milhares de mortes causadas todos os anos por sinistros de trânsito, poluição do ar e a ocupação dos espaços urbanos por caminhões e vans.

 

Por outro lado, os centros urbanos também oferecem as condições mais favoráveis à descarbonização. A concentração de atividades econômicas e fluxos logísticos torna mais eficientes os investimentos em infraestruturas e tecnologias. As distâncias curtas e a alta densidade de entregas que caracterizam o transporte de última milha, predominante em áreas urbanas, também favorece o uso de veículos elétricos, além da micromobilidade e de hubs de distribuição.

 

Além disso, a tecnologia de eletrificação para veículos de pequeno e médio porte, que predominam nas operações urbanas, está mais bem desenvolvida, o que facilita sua adoção em larga escala. Descarbonizar esses veículos pode contribuir para o desenvolvimento e a adoção de tecnologias de emissão zero no transporte rodoviário de longa distância, responsável por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

 

Diversos países estão adotando medidas abrangentes para descarbonizar o transporte urbano de carga. Em geral, as políticas veiculares incluem a criação de incentivos financeiros para tecnologias limpas, a expansão da infraestrutura de recarga e a regulamentação de novas tecnologias. Também são implementados programas de capacitação e pesquisa, além de medidas públicas e metas específicas.

 

Exemplos incluem o Chile, que visa a eletrificação total das vendas de veículos de carga rodoviária e ônibus interurbano até 2045, com medidas como zonas de baixa emissão e construção de sistemas de recarga. A China também está aumentando a frota de caminhões de emissão zero, com metas para instalar usinas de hidrogênio e carregadores públicos, além de oferecer subsídios e isenções fiscais. Na Índia, o programa e-Fast, apoiado pelo WRI Índia, promove a colaboração entre governo e setor privado para a eletrificação do transporte rodoviário, com metas de implantar 15 mil caminhões elétricos em cinco anos e desenvolver uma abordagem financeira autossustentável.

 

No Brasil, as próximas etapas do trabalho do WRI com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima envolvem a formação, já em curso, de uma coalizão de atores por meio de reuniões, entrevistas e engajamento. Ainda em 2024 serão realizados workshops setoriais para a formatação de propostas com diretrizes nacionais para descarbonização do transporte urbano de carga. O resultado será compartilhado com Governo Federal em 2025.

 

Leia mais (em detalhes) no site do WRI Brasil 

 

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