Cidades da América Latina e Europa serão as primeiras contempladas pela parceria anunciada hoje (31) pela Uber e BYD. O objetivo, segundo a nota divulgada, é "colocar 100 mil novos veículos elétricos para a plataforma de transporte urbano nos principais mercados globais".

Conforme o anúncio, a ideia é oferecer melhores preços e financiamentos para veículos BYD aos motoristas que dirigem pela plataforma da Uber. Pesquisas feitas com esses motoristas mostram que o preço e a baixa oferta de financiamento para a compra de veículos elétricos continuam a ser as principais barreiras para a transição. 

Para apoiar os profissionais que quiserem adquirir veículos elétricos, as empresas também irão oferecer "opções de descontos para o carregamento, manutenção e seguro dos carros, bem como opções de financiamento e leasing, com base no que funciona melhor para os motoristas de cada país". A parceria será posteriormente expandida para o Oriente Médio, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

A nota conjunta também aponta uma futura colaboração entre as empresas para incluir veículos autônomos da BYD na plataforma da Uber. Em junho passado, a BYD anunciou que fará um investimento de 100 bilhões de yuans (cerca de 78 bilhões de reais) para o desenvolvimento de carros sem motoristas. Pode ser uma boa notícia para as duas empresas, mas não para os atuais "motoristas parceiros".

Mais do mesmo?
O anúncio BYD - Uber não indica o que será feito dos "velhos" carros a combustão que serão trocados pelos novos elétricos. Se forem recolhidos e descartados - o que é improvável - seria uma boa contribuição para reduzir poluentes e ruído nas cidades. Mas se continuarem circulando, queimando petróleo, não haverá ganho para o ambiente e, além disso, teremos 100 mil carros a mais ocupando espaço nas ruas, que já não comportam mais carros. Basta ver o que está acontecendo em Brasília, ou em São Paulo, com seus congestionamentos de centenas de quilômetros, todas as tardes. Modestamente, sugerimos uma nova parceria para acelerar a transição elétrica nas frotas de ônibus do mundo.

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