Monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô SP chegou ao porto de Santos

Composição será transportada até o Pátio Águas Espraiadas, na capital paulista, onde será montada e testada

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Fonte: BYD  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 01 de julho de 2024

Composição do monotrilho durante testes na China

Composição do monotrilho durante testes na China

créditos: BYD

A BYD anunciou no sábado (29) a chegada a Santos da primeira composição da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo. Os carros do monotrilho foram desembarcados no porto de Santos e agora passarão pelos procedimentos de liberação aduaneira. Do litoral, os cinco carros do monotrilho serão transportados, por meio de carretas, até o Pátio Água Espraiada, já na capital paulista.


No pátio do Metrô, o veículo será montado por completo, incluindo as "sanfonas" de passagem entre carros, e passará pelo protocolo de testes que vão garantir o certificado de segurança e liberação para a operação. Este primeiro trem faz parte de um lote de catorze unidades encomendadas pela Companhia do Metropolitano (Metrô)  à BYD, que fabrica as composições na China. Conforme nota da empresa, a segunda unidade chegará ao Brasil ainda neste ano e as demais serão entregues ao longo de 2025, esperando-se a operação inicial em 2026.


Características do veículo
O primeiro veículo, assim como as demais 13 composições, foi projetado exclusivamente para atender ao projeto da Linha 17-Ouro, com o modo de operação automática (UTO), utilizando tecnologia de Sistema de Controle de Monitoramento de Trens (TCMS) e sistema de sinalização CBTC, que, por meio de comunicação via rádio digital, forma blocos móveis entre os trens, permitindo maior aproximação entre eles e a redução do intervalo de circulação.


Os carros das extremidades da composição contam com 21 assentos, enquanto os carros intermediários têm 24 assentos cada, totalizando 114 assentos. No conjunto, considerando os passageiros sentados e espaços para pessoas com deficiência, a capacidade total do trem atende a 616 passageiros. Cada carro possui quatro portas (duas em cada lado) medindo 1,6 metros de largura que respeitam as normas e critérios de acessibilidade. As paredes laterais estão equipadas com janelas panorâmicas, proporcionando excelente visualização do entorno do trajeto e janelas tipo basculantes, que podem ser abertas caso necessário, garantindo ventilação de emergência para os passageiros.


A composição possui passagem livre entre os carros, sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio, sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO).


O veículo mede 60,8 m de comprimento, com 3,2 m de largura, e conta com dois "trucks" (sistemas de rodagem) por carro, cada um equipado com um motor de tração, duas rodas de carga, quatro rodas guia e duas rodas estabilizadoras. O monotrilho opera com uma tensão nominal de 750 Volts em corrente contínua, com velocidade operacional de 80 km/h, e está equipado com baterias de tração, que funcionam como fonte de energia reserva para o veículo, garantindo assim que o trem chegue à próxima estação, mesmo que haja interrupção no fornecimento de energia.


Desembarque de monotrilho da Linha 17 - Ouro do Metrô de São Paulo Foto: Diario dos  Trilhos


Implantação da Linha 17-Ouro
Prevista para 2014, a construção da Linha 17-Ouro foi retomada em setembro de 2023, com a fabricação e lançamento das vigas de circulação e montagem dos aparelhos de mudança de via. Também estão sendo feitos os acabamentos e ajustes das estações, além da fabricação de estruturas metálicas, passarelas e esquadrias para fechamento.

Em paralelo, ocorrem as atividades para a instalação de sistemas, com a colocação de dutos e cabeamento de alimentação elétrica, assim como o uso de um carrinho que percorre as vias para a instalação dos trilhos de captação de energia.

Na China estão sendo fabricadas as portas de plataforma e a subestação primária isolada a gás. Seccionadoras de energia, grupos retificadores, máquina de lavar trens e outros equipamentos estão sendo produzidos na Alemanha, Hungria e Espanha, conforme a nota divulgada pela BYD.


A meta do Governo do Estado de São Paulo é concluir a obra bruta até o final de 2025, permitindo o avanço da instalação de sistemas para a abertura da linha em 2026, com 12 anos de atraso. O monotrilho vai ligar o Aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos da RMSP e beneficiar a 100 mil pessoas diariamente.


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