BNDES financia estudo de mobilidade urbana em 21 metrópoles do país

Em parceria com Ministério das Cidades, banco investirá R$ 27,8 milhões para identificar projetos que melhorem transportes públicos e atraiam mais usuários

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Fonte: Ministério das Cidades / BNDES  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 07 de junho de 2024

Brasília e seu lendário VLT (2013) estará nos plan

Brasília e seu lendário VLT (2013) estará nos planos?

créditos: Divulgação GDF/Alstom

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) anunciou hoje (7) o investimento de R$ 27,8 milhões para realização de um Estudo Nacional de Mobilidade Urbana. O trabalho está sendo realizado em parceria com o Ministério das Cidades e busca expandir investimentos na infraestrutura de mobilidade, melhorar a qualidade dos serviços de transporte urbano e atrair mais passageiros para o transporte público em metrópoles brasileiras com população superior a um milhão de habitantes, informou a nota do BNDES.


As localidades contempladas pelo estudo abrangem as regiões de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, Salvador, Santos, São Paulo, Teresina e Vitória.*

 
O estudo, segundo o BNDES, terá o horizonte de até 30 anos, e pretende identificar o potencial para "projetos de média e alta capacidades em todas as regiões do Brasil, além de abordar a otimização e integração das redes de transporte, alternativas para financiamento do sistema e a gestão coordenada entre os entes federativos".


A pesquisa é prevista para ser realizada em 12 meses como um suporte para a definição da chamada Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana. A intenção é promover a parceria da União com as regiões metropolitanas para viabilizar projetos, além de impulsionar investimentos em mobilidade urbana nas cidades. "O resultado também contribuirá para formar a carteira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam investimentos para melhoria dos serviços públicos no âmbito do Novo PAC", diz a nota.


"O estudo será essencial para mapear os projetos de alta e média capacidades (trens, metrôs, VLTs e BRTs) nas maiores regiões metropolitanas do país, contribuindo para a redução do déficit histórico de investimentos no setor”, afirmou o superintendente da área de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim, durante a reunião que marcou o início dos estudos, em maio passado. "É uma grande oportunidade para o governo federal apoiar as regiões metropolitanas na construção de soluções integradas para o transporte público coletivo no curto, médio e longo prazo. É também a retomada do papel da União da coordenação das ações estratégicas do setor de mobilidade urbana, com a promoção do diálogo interfederativo, da cultura dos dados abertos e das boas práticas de planejamento governamental", declarou o engenheiro Marcos Daniel Souza dos Santos, diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano da Semob/Ministério das Cidades.


Os trabalhos para a elaboração do estudo serão realizados pela consultoria Bain Company, em um consórcio formado pelas empresas de engenharia Logit, Oficina, TYLin, além do escritório de advocacia Machado Meyer. E, conforme o BNDES, será apoiado por uma rede de conhecimento e colaboração formada por dezenas de instituições do setor e por representantes dos governos federal, estaduais e municipais, como ANTP, ANPTrilhos, Confederação Nacional dos Municípios, Consetram, Fórum de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, Frente Nacional dos Prefeitos, IBGE, Idec, Ipea, ITDP Brasil, Mobilize Brasil, WRI Brasil e várias outras instituições.


Investimentos
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em 2023 indica que o déficit de investimentos no setor atinge pelo menos R$ 300 bilhões e projeta que caso o volume anual de financiamento siga a média dos últimos anos, seriam necessários mais de 50 anos para que a oferta de mobilidade seja adequada às necessidades da população e às demandas de redução de emissões de carbono.


* Nota: Conforme o atento leitor André Dantas, a região de Belo Horizonte também está incluída na lista, embora não tenha sido citada na nota do BNDES. Tentamos confirmar o dado com a assessoria de imprensa do banco, ainda sem resposta. No entanto, de fato, com a inclusão da capital mineira completa-se o número de 21 regiões, citado no texto divulgado.

 

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