Os três conjuntos de abrigos de bondes e as palmeiras imperiais existentes ao longo da principal via de Santos (SP), a Avenida Ana Costa, foram tombados pelo Patrimônio Cultural do município.
A resolução, assinada e publicada no Diário Oficial no último dia 25 de março pela prefeitura, garante o cumprimento da medida e corresponde à etapa final do processo judicial iniciado em 2009.
Como se vê, a proposta de tombamento não é nova, e surgiu em função das obras de construção da ciclovia da Ana Costa, concluída há 22 anos. Desde o início dos trabalhos, a obra foi acompanhada de perto pelo Ministério Público, que zelou pela preservação das 290 palmeiras imperiais ali existentes e dos abrigos do antigo transporte.
Ciclovia pela Avenida Ana Costa, em Santos: palmeiras imperiais preservadas Foto: Reprodução
Os abrigos de bondes na Avenida ana Costa, assim como outros ainda em pé na região central, trazem linhas da arquitetura moderna, e possivelmente foram desenhados nos anos de 1950. Hoje, os equipamentos permanecem em apenas três pontos da avenida.
Segundo o presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa), Glaucus Farinello, essa preocupação com os bens históricos gerou à época (2009) uma ação civil pública do Ministério Público: "A implantação teve acompanhamento do MP para que se chegasse a uma solução que garantisse a ciclovia, a saúde das palmeiras e a preservação dos abrigos”, declarou o gestor esta semana ao jornal A Tribuna.
Ao todo, na cidade de Santos restam cinco abrigos, que hoje são utilizados como pontos de parada de uma linha turística de bondinhos na área central. Além dos equipamentos da Avenida Ana Costa com Rangel Pestana, da Ana Costa com Francisco Glicério e da Ana Costa com Carvalho Mendonça, ainda existem o abrigo da Praça Mauá e o da Praia do Boqueirão.
Bondinho turístico em abrigo histórico no centro de Santos (SP) Foto: Ruínas do Engenho
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