As prefeituras de de Curitiba e da vizinha São José dos Pinhais assinaram contrato com o BNDES para a realização de estudo de viabilidade de implantação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre o centro da capital paranaense e o Aeroporto Internacional Afonso Pena.
Segundo os planos, a obra do VLT deverá ser executada em dois anos, a contar da conclusão dos estudos técnicos de viabilidade, prevista para maio de 2025. O custo é estimado em cerca de R$ 2,5 bilhões.
O VLT curitibano
Segundo a proposta, o VLT percorrerá 22,8 km, no trecho entre os dois municípios, e o serviço deverá atender a 160 mil passageiros por dia.
Serão 27 paradas, sendo quatro em terminais de integração: Hauer, Carmo, Boqueirão e Terminal Central (São José dos Pinhais). O percurso passará ainda por 23 estações de embarque e desembarque entre as duas cidades.
A maior parte do trajeto será em superfície. Apenas o trecho entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km) poderá ser elevado, segundo a prefeitura. Há também possibilidade da implantação do transporte em parte subterrânea no Centro Cívico, em virtude do nível de tráfego da região e também devido ao impacto que haveria na paisagem urbana.
Conforme o contrato, nesta primeira etapa o recurso de R$ 12,5 milhões disponibilizado para contratação e constituição do estudo de viabilidade técnica e econômica será totalmente absorvido para o futuro possível concessionário da nova linha de transporte, sem custos aos municípios (Curitiba e São José dos Pinhais) ou para o governo do estado.
Assinatura do contrato com o BNDES para estudo sobre o VLT Curitiba-São José dos Pinhais. Foto: José Fernando Ogura/SMCS
Desativação de eixo do BRT
A nova linha de VLT deverá utilizar a estrutura das canaletas exclusivas com 10,6 km de extensão do BRT, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, entre a Praça Carlos Gomes no centro Curitiba e o Terminal Boqueirão. Assim, esse eixo atual de BRT deverá ser descontinuado, prevê o projeto.
Outra parte do trajeto do VLT será em superfície ou mesmo elevada, no trecho entre o Terminal Central e o Aeroporto Afonso Pena (3,2 km). O projeto deverá abrigar ainda ações complementares ao proporcionar a integração da nova linha com outros modos de deslocamento por meio de serviços auxiliares de mobilidade.
No projeto do VLT também está prevista a requalificação urbana ao longo do trajeto, com a inclusão de espaços de convivência, novas calçadas, estruturas cicloviárias, entre outros benefícios.
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