O rascunho do relatório final da COP28, divulgado em Dubai na noite desta segunda-feira (11), excluiu a proposta de "eliminar progressivamente" os combustíveis fósseis, desencadeando protestos de países vulneráveis ao clima e da sociedade civil.
Apresentado pelo presidente COP28, Sultan Al-Jaber, o texto de 21 páginas não aborda a redução gradual ou eliminação dos combustíveis fósseis. Essa omissão contradiz a posição defendida pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que destacou a medida como uma das chaves para o sucesso da conferência.
"Foi um tapa na cara de quem esperava por algo substancial", escreveu o boletim ClimaInfo desta terça. "O texto deixou de citar phase-down (redução gradual) ou phase-out (eliminação) dos combustíveis fósseis, para apenas pedir a “redução (reducing) do consumo e da produção de combustíveis fósseis... Podem parecer a mesma coisa, mas em diplomatiquês, diferentes palavras têm diferentes significados", resumiu o ClimaInfo.
Em resposta, representantes dos EUA, de países da União Europeia e de um conjunto de pequenos países insulares em desenvolvimento se juntaram a grupos da sociedade civil ao criticarem o rascunho por não avançar o bastante na contenção do aquecimento global.
O que está incluído na declaração:
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Tecnologias de emissões zero e baixas, incluindo tecnologias de remoção, como captura de carbono, utilização e armazenamento;
O que ficou fora da declaração final:
As negociações sobre um texto final de compromisso seguiriam nesta terça-feira (12), dia previsto para o encerramento da COP28. Os representantes seguem debatendo a elaboração de uma nova declaração que apresente mais que a enumeração das ações a serem adotadas pelos países. Ativistas e alguns países estão demandando uma linguagem mais forte, e que reflita de forma mais precisa a real urgência em lidar com a crise climática.
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