O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, voltou a defender que o Brasil invista na eletrificação da sua frota de ônibus para desenvolver a indústria nacional. “Ou migramos para o ônibus elétrico ou vamos perder esse mercado e essa história. Temos um gigantesco poder de compra, temos um mercado interno muito forte e uma rede de distribuição, e uma presença na região”, declarou o executivo nesta quarta-feira (22). Mercadante já havia defendido o investimento na fabricação de coletivos elétricos em uma apresentação para investidores, no 6º Brasil Investment Forum (BIF 2023), no início de novembro.
A ideia do governo é financiar os ônibus via Fundo Clima, com parte dos R$ 10 bilhões captados recentemente pela emissão de títulos soberanos, segundo apuração do "CapitalReset". Ônibus elétricos são cerca de três vezes mais caros que os convencionais, e poucos municípios possuem condições de financiar a transição.
Mercadante lembrou que o banco de fomento já financiou os R$ 2,5 bi, para os primeiros 1.300 ônibus na cidade de São Paulo, e que o Brasil já conta com cinco empresas produzindo ônibus. O presidente também destacou a importância de desenvolver a indústria nacional com a produção de peças e baterias no país.
“Estamos financiando projetos para gerar cada vez mais valor agregado com todas as baterias produzidas no Brasil. Somos hoje a quarta indústria de lítio e vamos lançar um programa especial com a Vale e minerais críticos que nos interessa muito sair na frente. Não só produzir o mineral, mas agregar valor no Brasil com baterias e utilizando essa indústria emergente de ônibus elétrico”, completou.
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