Realizado neste mês de setembro, em São Paulo, o Congresso Nacional das Relações Empresa-Clientes (Conarec) é um dos maiores congressos sobre "experiência do usuário" na América Latina. Nesta edição, um dos painéis do evento abordou a possibilidade de uma revolução na mobilidade urbana no Brasil, com a chegada da tecnologia 5G.
Segundo especialistas presentes no evento, "a velocidade mais rápida dessa conexão promete desde melhorar o transporte até alimentar uma nova era de veículos autônomos". Na área de atendimento ao cliente, essa inovação teria a capacidade de tornar melhor a experiência, além de proporcionar as viagens mais fluídas e seguras.
Por outro lado, a infraestrutura das cidades é algo a ser trabalhado, bem como a regulamentação e a integração entre máquinas e humano. Com mais de um milhão de passagens vendidas ao mês, a ClickBus teria seu futuro impactado positivamente com a chegada do 5G. O representante da empresa comenta que, no segmento rodoviário, as grandes viações investiram em conforto, segurança e tecnologia. Os ônibus hoje têm sensores, além de ser possível saber como o motorista tem dirigido.
“Hoje essas informações são tratadas a posteriori, e nem em todo o caminho temos cobertura de internet para que as empresas recebam essas informações em tempo real para trabalhar. Com o 5G, todo esse movimento poderia ser feito em tempo real, considerando o que está acontecendo e os veículos que estão no entorno”, aponta Rodrigo Polacco.
“Se você tem uma conectividade, seria possível saber como está o trânsito, poderia sugerir rotas, avisar o cliente que está indo para a rodoviária ou que o ônibus vai atrasar. Você conseguiria melhorar muito a experiência do cliente. Quando paramos para pensar em sensor e direção assistida, pensamos em veículo autônomo. Mas, antes, dá para colocar um motorista em uma sala de controle e aumentar a segurança da viagem”, acrescenta Rodrigo Polacco.
Já Fernando Santos frisa que o foco da companhia é na comunidade. Pode se tratar de um aplicativo de mobilidade urbana, o tema do 5G interessa. Ele frisa que a implementação da base da conectividade é algo que propicia a uma empresa como soluções diferenciadas ao cliente final, principalmente em segurança e volume de informação de dados.
“Existem muitas pesquisas no campo da questão dos veículos autônomos, principalmente para oferecer maiores serviços de mobilidade à comunidade. Mas a discussão vai além da tecnologia de implementação da 5ª geração de transmissão de dados via operadoras de telecomunicações. Do lado da transmissão de dados já está implementado o equipamento 5G, que consegue transmissão de dados rapidamente. Mas quando vamos para essa seara da mobilidade de carros e entregas autônomas, discutem várias questões relativas à legislação”, comentou Santos.
O especialista abordou também os desafios para a adoção de carros autônomos. “...Olhando para um carro autônomo, existem cinco níveis de automação de um veículo, e esse 5° nível é muito avançado e ele necessita, além da transmissão de dados em tempo real, de uma infraestrutura do ponto de vista das ruas. Transmitir dados a grande velocidade, com maior segurança e acompanhamento em tempo real do GPS, vai facilitar muito a entrega para uma solução mais completa para o cliente final”.
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